domingo, 29 de agosto de 2010

Ai meu ovo!


Ai ai, tragam meus sais aromáticos!
Desculpem o desabafo sem nenhuma classe, mas: ai meu ovo, e olhe que dói sem eu ter um, imagine se eu tivesse! (conto mais abaixo a uruca)
Meu final de semana foi maravilhoso. A festa de aniversário do meu noivo foi melhor do que o esperado. Foi a primeira vez que minha família foi na casa dele.
Fomos muito, muito bem recebidos. minha sogra se desdobrou em cuidados e sorrisos.
Meu sogro e cunhada foram atenciosos.
Eu e meu amor passamos o final de semana juntinhos, nos amando, namorando, nos curtindo. Diria que foi perfeito de tão bom!
E pensar que no final de semana que vem terá um feriadão e vamos ficar ainda mais juntinhos, eita sô! Que massa!
Já agora de manhã, enquanto olhávamos umas fotos na internet, ele disse: nossa, como minha prima fulaninha engordou muito, ela está um bagulho, olha só!
E eu olhei: né que a tal prima nem estava tão gorda? Bom, gosto de pensar assim, pois ela está mais magra do que eu.
E? Decidi não ir para o shopping com ele, disse que ia ficar em casa para ler o livro que eu estava adorando ler e preguiçar no domingo.
Ficou um clima meio esquisito. E ele se foi, para resolver suas coisas.
Acabou de ligar, dizendo que tinha saído chateado porque eu desisti de sair com ele e que tinha acordado agora de tarde sentindo a minha falta. Que estava se sentindo sozinho depois de passar o final de semana juntinho.
Eu disse que tinha percebido o quanto estava feia quando ele falou aquilo com a prima dele. E ele disse que tinha falado dela, não de mim, que ela é feia por dentro e por fora e por ai vai.
Fiquei imaginado minha cunhada. Ele diz que ela é o tipo gostosa, elegante, polida, mas chata. Me desculpe, cunhada, eu gosto de você. Mas nem de longe quero ter a sua polidez extrema, o seu sorriso elegante, os seus seios de silicone (talvez isso eu queira), a sua elegância bem vestida, sua alegria sem sal, a sua falta de espontaneidade, a sua forma meticulosamente estudada de ser e vestir.
Quero apenas ser mais magra, ou menos gorda, apenas isso.
Acabamos a ligação dizendo que nos amamos e coisa e tal.
E, como ele não falou que ficou chateado por eu desistir de repente de sair com ele, achei que era da vontade dele ficar sozinho. Ele admitiu que não disse porque ficou emburrado e que tinha errado ao agir como eu costumo agir: eu muitas vezes fico chateada porque espero outra reação de uma pessoa, e não digo nada, o que dificulta a pessoa de entender que eu estou chateada. Ou seja, dá em merda.
Não vou entrar de novo num redemoinho de sentimentos ruins porque estou gorda. Não quero mais isso para mim.
Também não quero atrelar toda a minha vida à decisão de fazer dieta. Basta.
Minha vida é minha vida, e sem falsa modéstia? tenho amor, amigos, uma filha maravilhosa, uma família unida. Minha vida não pertence à comida ou ao meu controle sobre a comida.
A Mulher que sou? Tenho um rosto bonito, sou alegre, espontânea, sem frescura, tenho um corpo alto e proporcional, mesmo estando gorda. Preciso ter controle sobre a comida, isso é um fato, inegável. Mas isso não vai mudar o meu humor ou me deixar triste. Não mais, não por hoje, acredito que nem por amanhã.

Nenhum comentário:

Postar um comentário