quinta-feira, 17 de abril de 2014

ADEUS

Mudei muito nesses últimos dois anos, ainda bem que para melhor!

Amadureci, perdi a timidez, me integro com facilidade, mas...

de tudo o que vivi e de tudo em que me transformei ao longo de minha vida, ficaram muitas lacunas, todas minhas, e preciso me cuidar sobre isso.

sobre o que tenho de melhor em mim e nos que me acompanham eu não preciso mudar nada.

mas agora que tenho a mim, que finalmente me possuo, olho e não gosto do que vejo. Não gosto do meu corpo, aliás, esqueci e ainda esqueço de olhar para ele, ao longo do tempo aprendi a viver só com a cabeça e não olhá-lo. Não gosto do posto em que parei no trabalho, sei que posso ir muito mais adiante. Não gosto de ver que deixei e continuo deixando meus amigos verdadeiros de lado e me isolando, acostumada e acomodada a só sair com meu namorado ou minha família. Não gosto de ter deixado de andar a pé, de bicicleta etc. Não gosto de me ver só trabalhando e trabalhando e indo pra casa dormir.

Agora começo a enxergar que quero mais, que posso mais, só não sei ainda bem como mudarei, no momento ainda o que sinto é insatisfação, muita, como alguém que se enche disso para ser o combustível da mudança.

Leio esse blog e vejo claramente alguém que passou parte da vida no limbo, numa mistura de alegria e tristeza trazidos e vividos sem muita imposição sobre o que queria ou como queria. Vejo alguém que esperou a vida trazer para viver. E eu não quero mais ser assim. Eu preciso tomar as rédeas do que me pertence. Eu preciso saber o que quero e o que não quero. Ainda está tudo meio confuso. Só sei que vou pegar meu barco e mudar o rumo.

A quem leu o que escrevi aqui, obrigada, compartilhei a minha mente com você, no momento em que escrevi dei o melhor e o pior de mim a nós.

Vá adiante que vou também, um beijo.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Finalmente tranquilidade e segurança!!! E a timidez foi pro espaço.



A depressão passou, a insegurança baixou a níveis normais, a timidez foi embora. Hoje sou segura, tanta coisa mudou em minha vida! E me sinto grata, muito grata.
Foram dois anos bem difíceis. Mas passaram, e agora estou me estabilizando, e a sensação é boa, muito boa.

Depois dos dois abortamentos espontâneos, de me magoar profundamente com meu companheiro, de acabar, de reatar. De passar pela desapropriação, de morar sozinha com a minha filha, de aprender a cozinhar, lavar, passar e principalmente me sustentar com meu dinheiro... veio a depressão. E procurei ajuda e me tratei, e estou VIVA e BEM! E mais segura de mim do que jamais estive.

Eu e minha vida amadurecemos, aprendi a dizer tudo que quero dizer, sem medo, sem timidez. Hoje me sinto solta, ainda me espanto quando me enxergo de fora e vejo que sou querida e que as pessoas que conheço, na família e no trabalho, vem falar comigo com alegria e carinho, e que sorriem comigo quando estamos todos juntos e falo algo que é para ser motivo de riso. 
Na verdade, é tão gostoso parar um pouco e me ver, e prestar atenção que sou sim querida, que as pessoas tem prazer em vir falar comigo. Desconfio de que antes isso também acontecia, só que minha auto-estima e a percepção de mim mesma era tão baixa que eu me enxergava completamente diferente do que sou.

Uma coisa engraçada: nos posts anteriores e durante toda a minha vida, minha relação com mainha foi difícil, durante quase toda a minha vida o que me lembro é o olhar dela, de repreensão, de desaprovação. Apesar de saber que ela jamais me abandonaria, que jamais eu seria desamparada, sei que muito da insegurança e sensação que me pertenciam, de não ser capaz, vieram dessa convivência desgastada e doentia. 
E agora tudo mudou!!! Acho que é como meu companheiro diz: eram duas leoas na mesma casa.
Hoje mainha é minha fã, e nos damos muito bem. E eu praticamente nunca me lembro do que de ruim se passou. Só quero aproveitar essa relação que ficou saudável e boa.
Há pouco tempo mainha me disse com os olhos marejados: - filha, foi preciso você sair de casa para eu enxergar o mulherão que você é.
E minha irmã me diz: Lu, mainha te elogia tanto! Tua coragem, tua garra, etc etc etc.
E hoje um presente, graças a Deus ainda com ela com 65 anos, é ter amor e amizade entre nos duas, sem entrelinhas e rancores.

E me livrar da timidez? Outro imenso presente! Hoje falo o que acredito que tenho que falar. Sem magoar, sem ser grosseira, mas sei me defender e sei me impor, e tudo isso sem ser chata. (eu tou me achando, né?) Não, não estou me achando, aliás, estou, mas não estou exagerando, estou me descobrindo, me enxergando, me respeitando, e estou feliz com isso.