domingo, 25 de abril de 2010

Final de semana diferente, muito!


Esse final de semana está sendo diferente, muito!
Ao invés de contar aleatoriamente, conforme minha necessidade da escala de emoções, vou contar do começo ao final.
Vou voltar um pouquinho no tempo e contar um acontecido na segunda-feira.

Eu já havia falado aqui das minha duas avós, do fato de serem irmãs, etc. Já falei também que a mãe de mainha é a avó que mais participou de nossas vidas, e que se pudesse colocar o seu cérebro num corpo mais novo ela daria nó em muitos de nós, tamanha a sua lucidez e intimidade com a atualidade. Também já disse que essa minha avó traz sentimento de dualidade, numa hora a gente a ama, noutra se chateia e até detesta pelos comentários. Mas sempre, sempre teve uma característica marcante: é cheia de vida e de muitas histórias para contar.
Eu passei alguns meses só me encontrando com ela em encontros familiares ou em alguma festa também familiar, pois inevitavelmente ela perguntava sobre concurso, sobre quando eu passaria e por aí vai.
Semana passada, finalmente aprovada em um concurso, fui à casa dela, jantamos juntas, conversamos. Foi delicioso redescobrir vovó. Foi delicioso estar em outra situação, dona de mim.
Nesta terça-feira vovó passou mal e precisou ser internada. Edema pulmonar. Depois de vários exames descobriu-se que foi causado por um trombo no pulmão.
Encontrei vovó de novo no hospital, conversamos, nós e um monte de gente da famíla. Mas tudo bem, quadro estável numa hora, noutra, precisou ir para a semi-uti, mas sempre lúcida e falante.


Pulo agora para o meu sábado.

Meu amor esteve comigo, trabalhando na loja. Ele assumiu comigo o encargo da loja, simplesmente chegou e assumiu o trabalho. Tão lindo isso! Tão companheiro!
De tarde ele foi para casa porque eu teria que ir ao casamento de uma amiga. E também eu tinha marcado de sair sozinha com minha filhota pois há muito tempo que não fazíamos isso.
Fomos eu e ela ao casamento, tentei ao máximo resgatar a intimidade que sempre tivemos, conversar. E né que deu certo? Êta gente mais linda é a minha filha! Bastou um esforcinho pra gente se reencontrar, conversar, sorrir juntas, em pouco tempo ela era a me abraçar, me dar cheirinhos.
Conversamos, escutei com paciência, e obtive a sintonia que sempre tivemos. Na verdade, bastava um empurrãozinho. A filhota e a mainha de sempre estavam lá, só estavam um pouquinho enferrujadas.
Amo.
Pense numa sensação boa!


Ontem à noite falei com meu lindo amor, dissemos um ao outro que nos amamos, desejei que ele se divertisse muito hoje. Pela primeira vez em meses ele sairá para encontrar os amigos para jogar paintball. Da mesma forma como precisei de um tempo com minha filha, ele precisa de rever amigos, ou amigos e colegas. Ele até me chamou para ir, se estivesse mais magra e com mais capacidade física iria mesmo, para jogar e me divertir, pois em jogos sou bastante competitiva, adoro a adrenalina da competição. Na verdade, não quis ir por dois motivos: para deixar ele ter o espaço dele com os amigos e também não quis ir por vergonha de estar acima do peso.
De noite vou dar um monte de beijinhos nele!
Amo.


Hoje, assim que acordei, li um bilhete de mainha dizendo que não adianta ir ao hospital ver vovó. Durante a madrugada ela não reagiu bem à medicação para reverter o risco do trombo pulmonar se transformar em embolia, teve hemorragia pulmonar e precisou ser sedada para ir para o respirador, pois não conseguia respirar direito.
Ontem mainha passou o dia lá e ela estava totalmente lúcida.
Os exames indicam hemorragia também cerebral, além de outras complicações.
Minha avó está inconsciente. Mas antes disso teve tempo de rever os filhos, de conversar, de acreditar que vai sair disso.
Se o quadro se reverterá, só Deus sabe. A nós, resta sempre torcer que sim, se isso ainda for capaz de lhe trazer qualidade de vida.
Vó, estamos aqui, torcendo e aguardando.

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