sábado, 22 de janeiro de 2011

Mais merda


Estou mordida, puta da vida, irritada, com vontade de mandar ele se danar. A verdade é essa. Dizer em alto e bom som:
- Vá se danaaaaaaaaaaaaaaaar!
Conversamos, fizemos amor, mas não há jeito, ele vem e faz outra merda.
Sobre o maldito carro, estou 'cagando' para ele. Já identifiquei o que está me corroendo.
Que ele não queira precisar do carro, eu concordo e assino em baixo, é louvável abrir mão em nome da sobrinha, mas que ele resolva usar e me faça fazer o papel frágil na putaria, me nego terminantemente.
Há muito, muito tempo, me submeti a ser a prima pobre dentro da casa de um tio rico, ou explicando, me submeteram.
Daí a passar por isso hoje em dia em virtude de confusões na família dele, são outros quinhentos.
Cresci, me fortaleci. Fodam-se.
O que está me correndo é isso de, uma vez que ele resolveu pegar a merda do carro, se submeter e por consequência me submeter às exigências da irmã e do pai dele. Ou seja, eu poderia dormir na casa dele, mas de manhã esperaria ele acordar para ele vir me deixar em casa, pois do contrário diriam que ele tirou o carro das irmã e sobrinha para colocar para mim.
Se ele resolveu pegar o maldito carro, isso é problema dele, daí a me submeter às loucuras da família dele, há um imenso engano.
Não sou a criança idiota que apanhava do primo e tentava bater nele sem ser defendida. Eu me defendo. E aprendi a me defender bem.
Não tenho nenhum motivo para me submeter às tiranias da irmã patricinha dele. Se ele quer, sinta-se à vontade, sozinho, mas me submeter a isso, não, eu não quero e não vou participar.
É como ele disse, ele não exige a sua parte porque não quer, em função da sobrinha, e eu acho isso louvável. É um direito que lhe cabe.
Mas se ele resolve que precisará do carro e o pega, ora! É preciso ainda assim se sentir culpado e ficar pedindo desculpas?
É meu direito não participar da forma torta e errada quando ele resolver pegar a bosta do carro e age como quem pede desculpas.
Não preciso disso. Não tenho desculpas a pedir.
Mesmo assim, tentamos fazer as pazes, tentei deixar toda esta merda para lá, afinal, eles que são brancos e sofisticados que se entendam.
Me arrumei para sair e fui buscar um perfume cheiroso no quarto da minha filha mas, me lembrei que ele havia dito que era o mesmo perfume que uma ex-namorada dele usava. Me lembrei disso, deixei o perfume lá e fui pegar outro no meu quarto, e quando vou colocá-lo, ele, ainda deitado em minha cama, diz:
- Você já colocou perfume?
E eu:
- Vou colocar agora de novo (um perfume meu, que usei no lugar do que estava no quarto da minha filha).
E ele:
- Por favor, não coloque este perfume, ele me lembra uma pessoa com quem namorei.
Ah não! Este também? FODA-SE!
Pegue sua família, sua falta de proteção em relação a mim, e tudo o que te pertence e se afaste.
Me diminuir de novo? NÃO.
Não preciso de suas coisas. Não preciso de suas lembranças atrapalhando o que uso.
Não vou me submeter. NÃO.
Nem aos caprichos do que sua irmã pode achar quando você resolve usar a porra do carro, e muito menos deixar de usar as minhas coisas para não lembrar a você uma ex- namorada.
Jamé. Andei deixando a guarda muito baixa. Não está mais.
Não chegue muito perto. Estou com os dois punhos levantados.
E esqueçam que hoje de manhã escrevi sobre estar lúcida, estou mais puta da vida do que já estive em muito tempo.


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