segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

COMPULSÃO BIPOLAR OU MULHER BIPOLAR?


Equilíbrio, desequilíbrio, equilíbrio, desequilíbrio... ou eu sou uma gangorra ou simplesmente eu sou bipolar!
Um dia controlo, outro controlo, dois descontrolo.
Arre égua!!!
Não quer saber?
Vou dizer mesmo assim:
Estou ficando cansada de mim!
Eu me odeio. Eu me amo. Eu me odeio. Eu me amo.
Putz! Nem nisso eu consigo me resolver! :/

Péra!!!
Ainda bem que eu não consigo me resolver, né!?
Se eu resolvesse que me odiava?? Tava fufu!

Ah! Ontem recebi uma mensagem no orkut, não eu, a Mulher, mas eu mesma, a que inventou essa distinta. Era de outra mulher, também com dificuldade para manter o controle sobre a compulsão.
Na verdade, ela me enviou um pedido de socorro, me perguntando o que eu faço para controlar a compulsão quando ela me ataca, queria saber que golpes eu aplico na bicha e por aí vai.
Eu respondi da melhor forma que podia, acho que falei o que ela precisava ouvir mas, quer saber a verdade mesmo? Não quer? Vou dizer mesmo assim:
Se eu fosse muito sincera e fria eu responderia:
- E eu é que sei???
- Tu acha que se eu soubesse a porra da resposta estaria gorda e escrevendo num blog anônimo sobre a porra da compulsão?
- Eu perdi 42 quilos e esses porras conseguiram quase todos, menos uns míseros 5 ou 6, encontrar o caminho de volta para mim!
(hoje estou com a boca suja, hoje está foda, me desculpe)
- Você está linda e magra, fotografou toda a sua conquista, e vem me perguntar o que fazer porque não está conseguindo recobrar o controle?

Quase que eu respondo:

- ÔÔÔ, se liga mané!!! Você está perguntado à pessoa mais errada do mundo!
- Eu não tenho a menor idéia do que você deve fazer!!!
- Eu não consigo nem dar jeito em mim, como que eu vou conseguir dar jeito em tu???
Mas não, não dei vazão ao meu lado bipolar off, deixei o meu lado bipolar on falar, como Mulher altiva e cheia de boa vontade, respondi tudo o que ela precisava ouvir... que depende de nós, que não é fácil mas é possível, que ela recupere o controle, que faça o esforço que vale a pena, que não deixe todo o trabalho que ela teve e a auto-estima recuperada serem dominadas pela compulsão, etc, etc, etc.

Já pensou se eu conseguisse acreditar em tudo o que eu disse a ela?

EU ESTARIA SALVA!!!

Hoje almocei com umas colegas de trabalho num restaurante vegetariano, tá, vegetariano e com poucas calorias? Engano, minha cara, cheinho de verduras deliciosamente fritas! E com uma maldita torta de banana cheia de açúcar e aveia, a aveia mais entupidora de artérias que já fui apresentada.
Achei que o problema, o meu, poderia se amenizar se eu matasse a saudade de minhas amigas e procurasse mais a companhia delas. Semana passada saí com duas para ir ao cinema, conversamos, nos divertimos, e eu? Sorri, conversei e?
Comi. Esta semana vou me encontrar com outra amiga, pegar ela depois do trabalho para conversar potoca, e? Já estou mortinha de vergonha pelo tamanho da minha pança!
Eu me amo ou eu me odeio?
E eu é que sei? Esse relacionamento comigo mesma é o mais complicado de toda a minha vida.
Eu me amo e ajo como se me odiasse.
Nem Freud teria paciência (acho que nem eu pra ele). Bastariam duas horas, ele me olhando em silêncio e eu olhando calada para ele para eu abrir um chocolate e gastar meu tempo com algo mais gostoso e destrutivo.
Arre, basta, tou falando merda.

Tá, tou chata e irônica. Mas comi um monte de besteira hoje, o que você deseja de mim??? SOU GENTE, MULHER, COMPULSIVA EM COMPULSÃO. E ESTOU CHATA, UM PORRE.
É ISSO.


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