quinta-feira, 17 de junho de 2010

Uma merda de aniversário. E daí? Perdido e ponto.


São 21h43mim, meu aniversário de merda acabou.

Queria não ser ingrata, preciso perceber tudo o que meus pais fizeram por mim. Agora, não estou conseguindo.

Minhas amigas mais presentes, cada uma querida, cada uma com seus defeitos e qualidades, meus irmãos, cunhado, sobrinho, sogra, filhota, noivo e meus pais, todos estiveram aqui presentes para cantar os parabéns. Sou agradecida por isso. Me sinto querida.

Reconheço a boa vontade de painho e mainha em fazerem meu aniversário mesmo depois de passarem o dia trabalhando e estarem exaustos.
Sinto muito por eles e por mim por não ter conseguido sentir alegria, gostaria muito de não dar ao meu noivo a capacidade de afetar tanto o meu humor. Infelizmente, não sei fazer diferente.


Aqui em casa temos um hábito: acordar o aniversariante cantando parabéns. Faz tanto tempo que isso acontece que eu nem me lembro quando começou.
Meu noivo participou disso no aniversário de painho.

Há dois dias ele disse que era melhor não dormir aqui e só falar comigo depois, porque quando viessem me acordar com parabéns ele poderia tomar um susto e ficar mal humorado. Então, era melhor não dormir aqui, já que somado a isso, de manhã eu teria que sair cedo para trabalhar. Tudo bem.

Desde de manhã cedo recebi telefonemas de parabéns. Começaram às seis e pouco da manhã.
Lá pelas 11 horas todos já haviam ligado, todos, exceto meu noivo.
Umas 11h40 resolvi almoçar em casa, fazer algo diferente de comer quentinha no trabalho.
Já dentro do carro, chateada, liguei para ele para cobrar os meus parabéns. Ele disse que estava esperando para ligar na minha hora de almoço. Claro, nada mais convencional que isso!
Puta que pariu!

Sei que nos amamos e etc, mas isso basta? Basta que cada um continue sua vidinha, sem mudar uma vírgula na programação, já que o amor está garantido?
Porra!

E ainda tive que ouvir que ele está sempre comigo, que dá tudo o que pode a mim, que não sabe porque eu fico insatisfeita, que eu sou insaciável, que acha que não fez nada de mais...

Claro, porra, exatamente isso, você não fez nada de mais. Só se fecha nessa porra de rotina, nesse sentimento de amor pensado, e não fez nada para estar comigo ou para me fazer sentir que era um dia especial.

Me trouxe um presente caro, me desculpe, mas a verdade é que estou "cagando" para essa porra de presente. Tudo que eu mais queria era um cartão escrito, um telefonema em horário não convencional, um carinho, tudo que eu queria era a sua presença.

E ainda chega aqui e de repente, não se despede direito, não fala sequer com minha amigas e vai embora porque minha sogra não sabia ir sozinha para casa! Isso porque a casa dele fica a 1,5 Km da minha.

Ora, foda-se!

Isso mesmo, F O D A - S E!

Queria muito, muito, ter mandado hoje a sua introspecção e a sua arrogância para a PQP, por você achar que eu saber do seu nobre sentimento por mim deve ser o suficiente para me fazer feliz, mesmo que na prática você não tenha movido uma palha para me demonstrar isso hoje.

Sinto muito por mim. Meu aniversário acabou, e eu, infelizmente, não consegui aproveitar o dia.

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