sexta-feira, 25 de junho de 2010

Desequilíbrio

Ando tão misturada!
Tudo relacionado a essa porra desse peso!
Insegura, insatisfeita, irrequieta, com medo, ansiosa. São misturas de sensações desconfortáveis, que minam a minha alegria, me dipersam dos meus objetivos, me trazem sonhos ruins à noite inteira (que não consigo lembrar com clareza de manhã). Acordo literalmente "quebrada", dor no corpo, medo, ansiedade misturada com insegurança, daí tomo um dorflex e inicio o dia.
Quando começo a funcionar, durante o dia, aí essas sensações vão se distanciando. E no outro dia, tudo de novo.

Meu noivo está com os mesmos sintomas.
Ambos estamos nos sentindo inseguros, um com medo de perder o outro, sem foco no que temos, no que queremos. Sabemos apenas que nos amamos, muito, muito. Mas o que sinto é que essa maldita compulsão está nos dominando.

Sinto medo.

Nosso filho, Deus do céu, e nosso filho? Tudo o que preciso é perder peso!
A compulsão também está me dominando, a partir da tarde. Seguro durante uma parte do dia e, de repente, ela me assalta e me domina. É irresistível.
A compulsão está dominando meu noivo, também.

Nós estamos entrando em outros detalhes que também trazem insegurança.
Sabemos que "Ricardinho" terá duas casas, eu morarei aqui, com meus pais. E ele morará lá, com a mãe dele. Em ambas as casas temos liberdade para dormirmos juntos e passarmos alguns dias.
Meu noivo me propôs que dormíssemos alguns dias aqui e outros lá, que começássemos uma rotina de "casados", antes mesmo de nosso filho nascer.
Eu disse que combinar assim não daria certo. Nos sentimos bem, mas não nos sentimos em casa na casa um do outro, pois são as casas dos nossos pais.
Além disso, há minha filha, que está estudando para o vestibular e precisa da minha segurança e tranquilidade, pois é nítido que quando estou segura e presente ela estuda com mais facilidade e produz mais.
E ele tem uma rotina que é peculiar, ele curte, pelo menos durante algum tempo, o isolamento. Estar sozinho com o som, a televisão, o dvd e o computador, além de fumar dentro do quarto.
Nisso ele é idêntico ao pai dele. E acho que quebrar essa característica dele e nos impor uma rotina não fará bem ao nosso relacionamento.

Nos amamos e curtimos a presença um do outro, sem uma rotina pré-estabelecida. Por um tempo tive uma vontade enorme de ter uma rotina de casados. Hoje, sei que as condições que temos não suportam isso, e cansei de me queixar e desejar o que não era possível.
Aceito bem vivermos da forma como vivemos.
Só o que eu espero, ardentemente, é que nós vençamos a ansiedade e a compulsão. E que nos sintamos seguros. E que não nos boicotemos da forma como estamos fazendo.
Isso é tudo o que desejo no momento.

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