Há três dias iniciei domesticar novamente a minha compulsão.
Putz! É muito, muito difícil.
Eu não vinha dando tempo sequer para a razão dizer qualquer coisa, a compulsão tomava conta completamente.
Na sexta-feira tive uma crise de choro, de desespero, na frente do meu noivo (que também está acima do peso e tem compulsão por comida). Ambos vinhamos de rédea solta, sem cuidado algum com a comida, completamente entregues à maldita.
Tivemos uma conversa sobre nos ajudarmos. Esse foi o meu ponto de partida.
AFINAL, AFINAL!!!
Não foi e não está sendo fácil. Tenho que manter a vigilância constante, pois basta deixar de prestar atenção que lá vem a compulsão, de uma forma que eu nem percebo, quando vejo, já estou cogitando e indo comer algo. Basta. Bastou.
Estou reaprendendo a me vigiar, a prestar atenção nos comandos disfarçados e enraizados. Estou reaprendendo a usar a razão para contornar ou, quando a compulsão vem muito forte, pelo menos me controlar enquanto ela passa.
Sei que não estou no maior peso que já tive, mas estou me sentindo horrível, uma baleia gorda, disforme e desengonçada. Lidar com essa rejeição por mim mesma não é fácil. Entendo que é a compulsão arrumando formas de me boicotar, percebo isso, mas é dificílimo mudar essa imagem de mim mesma. Só que eu vou conseguir. EU VOU CONSEGUIR. Porque eu quero, porque eu mereço, porque, na verdade, sei que não sou horrível, apenas estou acima do meu peso.
Embora queira escrever ainda, estou com sono e já são 22h34. Preciso dormir.
Amanhã começa a minha pós. É, a minha pós-graduação! Tempos novos se iniciam.
Que maravilha poder viver!
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