segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Fui para o aniversário de 90 anos do avô de meu noivo. A família dele estava unida e a festa foi muito bonita. De início a minha médica me disse para não ir porque a festa não seria aqui na minha cidade e, caso fosse necessário eu ir para o hospital, estaríamos a uma hora e meia de distância. Conversei com ela e pedi para ir para espairecer. Acertamos que se eu começasse a perder sangue, mesmo que pouco, voltaríamos imediatamente. Não foi necessário, ainda bem.
Lá fomos muito bem recebidos, tratados com carinho por todos. Minha sogra se desdobrou em atenção e cuidados. Me senti acolhida e esquisita, não estou acostumada a que os outros me olhem com compaixão, estou acostumada a fazer isso pelos outros, quando é em relação a mim me sinto estranha (sei que isso é nóia minha).
Lá havia uma mesa de doces e pelo menos quatro tipos de bolos, me deu uma vontade imensa de comer alguma coisa com açúcar. Acabei comendo uma fatia pequena de bolo de maracujá, depois me arrependi muito, mas foi uma compulsão tão forte que não me deu tempo de pensar na besteira que ía fazer. Fiz. E não repeti e tomarei todo cuidado para fiscalizar a chegada da compulsão. Ainda estou com diabetes e a endocrinologista acredita que assim continuarei, mas médicos da minha família acham que após o processo eu ficarei boa. É me cuidar e esperar para ver.
Do início da gestação até agora eu perdi uns seis quilos, preciso perder mais dez para poder engravidar novamente. Isso eu sei que conseguirei.
Não estou em paz com a situação atual. Fico preocupada, esperando que comece a perder sangue, mas nada, e ao mesmo tempo me sinto na obrigação de ir para a aula da pós porque a professora passou exercício para a nota e eu estava de licença e fico com medo de que quando o sangue vier eu precise perder mais aulas (acho que sou louca nesses momentos).
Estou confusa, misturada.
Até ontem eu queria falar muito com meu chefe, ontem à noite consegui, avisei que vou dar entrada na licença e ele concordou plenamente comigo. E fiquei em paz com isso, e arrumei outros problemas para me preocupar e resolver. A cada coisa que resolvo arrumo outra para me preocupar e colocar na lista de preocupações (de fato, não estou zen).
Falando de uma coisa que não tem nada a ver: há uns 15 dias minha mãe precisou usar o meu banheiro, ela não tem religião definida, mas semana passada comentou que sentiu de forma nítida e forte o cheiro de vovó Francisquinha, a mãe do meu pai que faleceu no quarto que agora durmo. O cheiro dela era um cheiro de limpeza misturada com dersani, um óleo hidratante e cicatrizante de cheiro bem característico e forte, que era passado nela porque ela passava o dia deitada, já perto de falecer.
Ontem à noite eu estava ansiosa e preocupada, chorei um pouco e minha filha me abraçou e decidiu vir dormir comigo aqui no quarto.
De madrugada acordei com frio e, mesmo sem pensar em nada, senti nitidamente o cheiro de vovó Francisquinha, o mesmo cheiro de dersani.
Hoje de manhã contei isso para minha filha, e ela me disse que ontem à noite, enquanto me abraçada, sentiu esse cheiro em mim.
Perguntei porque ela não me disse na hora, ela me respondeu que não tinha porque falar aquilo na hora em que eu estava chorando.
É isso, estou um pouco misturada, um pouco ansiosa e insegura, mas ao longo do dia isso vai passar, pelo menos eu espero. E que Deus me ajude e nos proteja.

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