quinta-feira, 16 de junho de 2011

Nuvens passageiras

Nunca tinha acontecido isso. Bom, aliás, ruim, mas pelo menos é a primeira vez e não poderei dizer que nunca me senti assim.
Agora, quando estou escrevendo, praticamente já passou a sensação. Mas hoje de manhã ela era tão forte!
Aí vão as bobagens que escrevi hoje à tarde durante a aula da pós:
Estou estranha, amanhã é o meu aniversário, mas sinto que não verei a chegada do sábado.
Fiquei louca?
Não, não é isso. Desde ontem sinto insegurança, ansiedade e até um certo medo.
Esse ano não tive vontade de comemorar a data do dia em que nasci.
Sei que amo e sou amada e querida, não é solidão que sinto. O que sinto é incômodo, falta de sossego, medo, insegurança. Não é uma sensação aguda, paralisante, mas é alguma coisa grudenta e pesada, um sentimento ruim.
Estou frágil, frágil e vulnerável.
Minha grande sorte é que sou volátil, mesmo dando a impressão de ser serena e de bom humor, me sinto ferver por dentro, numa gangorra de emocional que me leva a extremos. Extremos que podem mudar sem que nem mesmo eu me dê conta.
E que bom que agora, enquanto escrevo, chego à conclusão de que os sentimentos ruins já se distanciaram!
Acabo de chegar de um passeio com a minha filha. Meu noivo me ligará para desejar feliz aniversário à meia-noite. Almoçarei com meus amigos de trabalho. Canterei parabéns com minha família. Não tenho nada do que precise reclamar.
Uma sombra ruim que passou e está deixando o calorzinho do sol clarear e me aquecer.

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