quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Vícios, os meus, os teus

Temos uma boa vida, nos amamos, temos família equilibrada, ou pelo menos mais para mais, temos amigos e também, mesmo que isso não seja fundamental, somos mais para bonitos, além de não termos nenhuma deficiência física para nos queixarmos, não falta amor, vida, nem sequer dinheiro para até além do essencial.
Mas que porra está acontecendo?
Deixaremos nossos problemas nos matarem antes do tempo?
Vicios!
Os meus:
Há três dias que sinto que alguma coisa vai errada comigo. Na segunda à tarde, logo após o almoço, estava sozinha na sala do trabalho e tive uma sensação estranha, e ouvi o meu pensamento:
- Eu vou desligar, eu vou desligar!
E me senti desligando da realidade, nem sei dizer como, a minha vista nem escureceu, foi como se eu fosse me distanciando, me desligando da realidade. Que sensação esquisita e assustadora.
Peguei o celular para ligar para alguém e vi que não daria tempo de quem quer que fosse me salvar. Daí me levantei e saí da sala. Fui atrás do meu chefe, que tem tensiômetro, mas ele não estava. Fiquei quieta, sentada na sala dele.
A sensação foi passando, passando... resolvi voltar para a minha sala e continuei trabalhando.
Hoje, por gordura e por preocupação com meu noivo, cheguei ao trabalho cansada e tensa, sentindo a tensão nos ombros e pescoço, achei que era pressão alta.
E, que tal, 180 x 100? Minha pressão estava muito alta. Tomei outro remédio de pressão e fiquei me acalmando até os sintomas passarem.
E então voltei a trabalhar normalmente.
O vício pela comida, pela compulsão desenfreada pela comida, está me minando aos poucos. Não mata descaradamente, mas vai destruindo a minha saúde.
Até que ponto eu irei?
Os teus:
Meu noivo tem dependência química por coca-cola e cigarro, além da comida. Ou seja, nós dois juntos já daríamos um caso para estudo.
Segunda à noite fomos ao hospital porque ele estava se sentindo mal, com uma dor na nuca e dores no peito e costas.
Hemograma e outros exames deram normais. A suspeita era de infecção das vias aéreas superiores. Ingerir mais água foi o conselho.
Ontem à noite ele passou a noite no hospital com sintomas piorados.
Dores no peito, costas e nuca e mal estar.
A médica definiu o quadro:
- Obesidade, com início de esteatose hepática (acúmulo de gordura no fígado).
- Obesidade sobrecarregando a musculatura.
- Dores musculares devidos ao sedentarismo.
- Crise de esofagite de refluxo devida a uma hérnia de hiato, agravada pela ingestão excessiva, desenfreada e diária de coca-cola.
Aonde ele irá parar?
Putzgrila, estamos parecendo um casal de ogros! Só que os ogros nunca morrem, ao contrário dos gordos dependentes de comida e outras merdas.

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