segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Triste

Ele errou, fiquei puta da vida, ele pediu desculpas, a minha raiva foi tão grande que não consegui desculpar logo, explodi.
Pedi desculpas pela explosão, corri atrás para consertar.
Ele prefere ficar quieto no canto dele, disse que o nosso problema não é falta de amor, mas que precisamos ficar sozinhos.
Sempre fui imediatista, não para tudo, mas há algumas coisas que me dão a sensação de que, mesmo ruins, precisam de palavras de afeto, de dizer: olhe, eu estou puta da vida, mas ainda assim estou aqui? Sei lá, acho que no fundo é um medo idiota de que alguma coisa aconteça e eu não possa dizer a pessoa que a amo, mesmo estando puta da vida. Coisas da cachola, vai entender!
Ontem senti um vazio e medo imensos, senti solidão, inquietação, medo de perder, me senti idiota tentando entrar em contato com ele e ele sem atender ao telefone.
Enviei um e-mail dizendo que havia chegado ao meu limite, já estava forçando tanto a barra dele quanto perdendo o meu auto-respeito.
Foi quando ele respondeu que o nosso problema não era falta de amor, mas que ele estava pecisando ficar sozinho.
O vazio, o medo, o frio, a solidão que ontem eu sequer consegui colocá-los de lado para me dar um pouco de sossego, começam a ceder lugar para a tranquilidade.
Fiz o que pude para consertar, me senti até um tico ridícula por, aos quarenta anos, me passar para ficar ligando sem que ele atendesse.
Hoje a tranquilidade resolveu voltar, não toda, uma parte dela ainda nem fez as malas de volta para mim, mas o pouco que chegou me trouxe lucidez.
Não sinto raiva nem desespero, apenas ficou a tristeza.
Quando conversarmos vou querer saber no que eu mudei tanto de quando a gente se conheceu para cá. Talvez ele não goste do meu lado explosivo, chato, que mesmo por trás da Mulher doce, amorosa, que sorri e concorda, ele sempre vai existir. Essa sou eu, se quiser apenas uma parte de mim, infelizmente nada poderei fazer.
Dei todos os passos que podia em direção a ele. Não há nada mais que eu possa fazer.
Finalmente entendo aquele batido ditado. Cheguei na fase de aceitação das coisas não posso mudar.
Sinto muito a sua falta e infelizmente não sei até onde essa confusão irá.
Eu quero paz e conciliação, o que você quer eu não tenho mais a mínima idéia.
Posso estar exagerando, não acredito que o amor imenso e incondicional que sinto por você tenha deixado de ser correspondido do dia para a noite. Minha lógica diz que apenas conversaremos, já as minhas emoções estão temerosas.
É hora de mandar urgentemente a minha parte de coragem, auto-estima, ponderação e equilíbrio voltarem para mim. Acho que vou precisar mais do que nunca deles.
Quer venha o que está por vir. Nada mais posso fazer.

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