Estou de férias 10 dias! Viva!
Tá, na verdade sete dias, pois resolvi que posso precisar de sair do trabalho pra resolver coisas da monografia, então, combinei com meu chefe de voltar na segunda e utilizar esses 3 dias quando precisar.
E vou viajar daqui a pouco para um hotel fazenda juntamente com my love.
Deus do céu, como estou precisando disso!
Estava conversando com minha filha hoje da manhã, nós duas rindo de como estamos nos sentindo esticadas, tensas, eu por causas que nem sei, péra, eu sei: ela por causa do vestibular, eu por causa monografia (que mal acabei de conseguir alinhavar, já estou tensa por outros motivos), dificuldade de conseguir todos os dados que acho que preciso, insegurança da loja de meus pais, que deve ser dasapropriada daqui para o meio do próximo ano, pois construirão um túnel no local, vontade de engravidar, ter que perder mais peso, finalmente minha sogra resolveu (eu torço que realmente ela se cuide e que não fuja de novo) fazer a biopsia do fígado, e se o resultado for positivo a tensão na casa de meu noivo subirá a níveis estratosféricos, ter que manter a calma e apoiar ambos etc etc etc.
Estou me sentindo esticada, tensa, mas pelo menos não estou triste. Ainda bem que sou capaz de sorrir da minha tensão e ansiedade. E em função dessa tensão tem acontecido uns esquecimentos curiosos, coisas que não fazem parte das minhas prioridades estão facílimas de serem esquecidas. Paciência, vamos em frente.
Minha sogra disse que me quer no quarto com ela, antes da cirurgia, pois sou calma e a acalmo. Sou assim mesmo, pelo menos é o que pensa quem está fora de mim. Por dentro eu fervo! Por dentro sou algumas vezes um poço de ansiedade, mas consigo disfarçar. E também há anos deixei de ser tímida, sei sorrir e fazer sorrir. Só não consigo disfarçar minha tensão para mim mesma, para a minha filha e para o meu noivo e, as vezes, para o meu pai.
O que há de bom é que este permanente estado de tensão não está me dominando, tenho consciência dele e muitas vezes consigo vê-lo e me divertir com ele.
Esta semana eu vinha com minha filha, tinha pegado ela no cursinho, quando vejo um velhinho curvado sobre sacos de lixo comendo o que encontrou lá, os sacos estavam na calçada um dos maiores hospitais públicos aqui da cidade.
Olhar aquilo me deu um pena imensa da situação dele.
Na mala do carro havia biscoito que eu tinha comparado para minha filha levar para as aulas. Paramos o carro mais adiante e fomos perguntar se ele os queria.
Debruçado sobre o lixo ele demorou segundos para assimilar que falávamos com ele, e respondeu que queria sim os biscoitos, e agradeceu. Naquele momento eu gostaria de poder tirá-lo para sempre dali. Prestar atenção em pessoas que o mundo não enxerga e ver a situação em que se encontram incomoda, é mais fácil se fechar em nossos próprios problemas e superdimensioná-los para que a nossa dor anestesie a compaixão pela dor dos outros. Mas isso não está certo.
E a situação dele me fez ver o quanto meus problemas são pequenos, nenhum passa por carência nos itens necessários à sobrevivência. Aliás, nem precisei pensar nisso, minha filha que falou essa conclusão enquanto eu chegava a ela ao mesmo tempo.
E combinamos de nos esquematizar para participar como voluntárias em algum movimento social. Ajudar com dinheiro ou comida ocasionalmente, é muito pouco.
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