quarta-feira, 11 de maio de 2011


Ontem saí, foi bom ter saído da toca depois de um final de semana estressante e trabalhando.
Hoje marquei mais outra coisa para me distrair, uma que não envolve bebida, mas que alivia e faz relaxar: massagem nos pés.
Na sexta-feira no horário de almoço fui chamada para ir à despedida de uma colega que passou em outro concurso e vai sair daqui. Eu vou. E ainda chamei mais duas amigas para irem.
No sábado vou viajar, com ele ou sem ele, acho que sem ele, vou com uma amiga, e mesmo que ela não vá, eu irei sozinha com o casal que nos convidou. Vou e ponto, sem depender de quem quer que seja.
Sobre mim, estou me sentindo péssima em meu corpo, mas não vou me dobrar a isso. Não vou me enfurnar dentro de casa chateada comigo mesma.
Sobre ele, sobre o meu noivo, estamos distantes. Ele está recluso. Nada posso fazer.
Não serei mais a Mulher que liga e liga e tenta fazê-lo se abrir, e que sempre está disposta a ajudar e a estar perto. Cansei. Se ele precisa de isolamento, que aproveite as quatro paredes.
Entendo que ele está estressado com os problemas dele mesmo e também, e principalmente, com os da mãe dele. Mas daí a se isolar e passarmos a não nos ver, a conversar por escassas ligações ou por e-mail, é ridículo.
Hoje recebi um e-mail dele em que ele diz que me ama. Eu o amo também, mas não consegui escrever isso em outro e-mail.
Cada um reage como quer e como pode aos problemas da vida. E se ele quer distância mal esclarecida e velada, ou mal dita (maldita). Paciência. Assim seja.
Houve tempos difíceis em minha família, e isso causou diferenças que levaram anos para se resolver, entre uma tia e minha mãe. Naquela época, a única forma que minha mãe conseguia se comunicar com essa minha tia que estava hospedada lá em casa era trazer todos os dias o bolo que ela mais gostava. Ou seja, não havia diálogo, mas ela demonstrava que estava lá, embora distante.
Com ele está acontecendo o mesmo. Ele se isolou, mas me escreve dizendo sobre sua mãe, e também que baixou outras temporadas de Lost para mim. Só que não somos primos. Somos noivos. E esse tipo de diálogo causa estranhamento, pelo menos em mim. Nesses casos, minha paciência não costuma durar muito. Por isso estou quieta, pelo menos enquanto der. Me conheço, em breve explodirei. Pior ainda se não explodir e deixar tudo azedar.
Agora, é tocar a minha vida para a frente. Buscar as minhas saídas. Me virar para o meu próprio umbigo e deixar o resto passar ao lado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário