Queria ter um monte de coisas boas para dizer. Não tenho, não consigo.
Sou capaz de enxergar tudo que de bom existe em minha vida, mas agora não tenho ânimo para enaltecê-los.
Tenho uma amiga que diz que o psicólogo dela é "porrada", porque tem que garantir seu sustento na marra, então, sequer tem tempo para filosofias ou dúvidas existenciais. Não sou igual a ela. Paciência.
Tenho dúvidas, muitas, e pensamentos aos montes, que não me deixam em paz. Penso, analiso, repenso, me perco, avalio de novo, uma inundação de idéias e pensamentos que me afastam da vida prática, por mais que eu viva ocupada.
Ter mandando sacrificar o meu cachorro é uma delas, examino e reexamino o que fiz, não chego a me desesperar, mas também não sinto alento algum. Sinto um pouco de tristeza e desânimo.
Queria estar mais alegre, ser mais positiva. Não sou considerada uma uruca ou mesmo sequer sou considerada mal humorada crônica. O verdadeiro fato é que muitas vezes não me sinto confortável com meus pensamentos.
Talvez isso seja um dos motivos que me fazem vir escrever aqui: organizar pensamentos.
Olho para meus pais, para meu pai, tão sobrecarregado de trabalho para sustentar a casa e sua vida, sinto tanto por eles! E não posso, pelo menos no momento, fazer a mais do que já faço. E penso na influência que ele me fez para que eu desse a ordem de sacrificar meu cão. No primeiro dia senti um pouco de revolta, mas começa a chegar pena por causa da sobrecarga dele, misturada com aceitação de que a decisão foi minha e ponto final. Nada de repassar culpas ou encargos, se é que existiu culpa.
Sobre o natal, eu estava animada, mas isso não está acontecendo mais há uns dois dias.
Eu e meu noivo compramos presentes para muita gente, mais até do que poderíamos. E colocamos embaixo da árvore de natal. Estava achando isso o máximo, aconchegante, divertido, e todas essas merdas.
Ontem ele disse que tinha visto um presente muito bom para um de seus irmãos, etc.
Também ontem, depois que ele disse que havia comprado outro presente para sua mãe (que dá valor à importância do valor do presente, nada contra, gosto dela, e cada um com suas particularidades), eu lembrei a ele que o presente do seu pai era simples e que ficaria desproporcional em relação ao da sua mãe, além disso, disse que já estava bom, pois já havíamos gastado dinheiro demais com presentes.
E o que ouço?
- Você está com ciúmes?
Putzgrila!
Isso me subiu à cabeça! Que raiva!
Me deu uma vontade de mandar ele para a bosta. E me deu essa vontade porque desde o início combinamos de não comprar nada caro um para o outro, quase combinamos até não comprar presentes para nós, embora sabendo que compraríamos uma lembrança assim mesmo.
E ainda ouvi dele: nós não vamos comprar presentes um para o outro não, né?
E ouvi mais:
- Ah, pelo seu jeito já sei que já comprou.
- Né fogo? A gente não havia combinado de não comprar nada?
Cacete! Que raiva!
Por que? Por acaso temos que fazer a festa dos outros e eu não mereço uma porra duma lembrança embaixo da árvore?
Por que essa porra de presente entre nós tem que ser um encargo e quando é para os outros é prazer?
Fiquei puta da vida, sim, e daí? Não tenho o direito?
Conversei com ele sobre isso, sobre estar chateada por isso ser visto como um encargo e ele me respondeu que eu entendi tudo errado, que ele inclusive já comprou minha lembrança, assim como eu já comprei a dele, etc, etc, etc.
Disse que comprou apenas uma lembrança, e que porque será aberta em público e por ser simples, ele não queria que os outros pensassem que ele comprou um presente não caro de propósito, por eu valer menos, e por aí vai a merda toda. Perguntou até se nós não podíamos trocar nossos presentes antes da ceia de natal.
E eu me detenho no que já cansei de dizer: o que tinha mais graça para mim era colocar os presentes embaixo da árvore, da graça e alegria disso.
Tudo o que queria era que essa troca de presentes ou lembranças ou uma merda qualquer entre nṍs não se tornasse isso que se tornou: tudo uma grande merda.
Um circo, uma peça a ser encenada, não pelo sentimento, mas pelos valores monetários envolvidos.
Para mim, por hoje, qualquer merda tanto faz como tanto fez.
Não estou preocupada, não aqui, em ser politicamente correta, escrevo sentimentos e acabou-se.
Cansei.
Sou capaz de enxergar tudo que de bom existe em minha vida, mas agora não tenho ânimo para enaltecê-los.
Tenho uma amiga que diz que o psicólogo dela é "porrada", porque tem que garantir seu sustento na marra, então, sequer tem tempo para filosofias ou dúvidas existenciais. Não sou igual a ela. Paciência.
Tenho dúvidas, muitas, e pensamentos aos montes, que não me deixam em paz. Penso, analiso, repenso, me perco, avalio de novo, uma inundação de idéias e pensamentos que me afastam da vida prática, por mais que eu viva ocupada.
Ter mandando sacrificar o meu cachorro é uma delas, examino e reexamino o que fiz, não chego a me desesperar, mas também não sinto alento algum. Sinto um pouco de tristeza e desânimo.
Queria estar mais alegre, ser mais positiva. Não sou considerada uma uruca ou mesmo sequer sou considerada mal humorada crônica. O verdadeiro fato é que muitas vezes não me sinto confortável com meus pensamentos.
Talvez isso seja um dos motivos que me fazem vir escrever aqui: organizar pensamentos.
Olho para meus pais, para meu pai, tão sobrecarregado de trabalho para sustentar a casa e sua vida, sinto tanto por eles! E não posso, pelo menos no momento, fazer a mais do que já faço. E penso na influência que ele me fez para que eu desse a ordem de sacrificar meu cão. No primeiro dia senti um pouco de revolta, mas começa a chegar pena por causa da sobrecarga dele, misturada com aceitação de que a decisão foi minha e ponto final. Nada de repassar culpas ou encargos, se é que existiu culpa.
Sobre o natal, eu estava animada, mas isso não está acontecendo mais há uns dois dias.
Eu e meu noivo compramos presentes para muita gente, mais até do que poderíamos. E colocamos embaixo da árvore de natal. Estava achando isso o máximo, aconchegante, divertido, e todas essas merdas.
Ontem ele disse que tinha visto um presente muito bom para um de seus irmãos, etc.
Também ontem, depois que ele disse que havia comprado outro presente para sua mãe (que dá valor à importância do valor do presente, nada contra, gosto dela, e cada um com suas particularidades), eu lembrei a ele que o presente do seu pai era simples e que ficaria desproporcional em relação ao da sua mãe, além disso, disse que já estava bom, pois já havíamos gastado dinheiro demais com presentes.
E o que ouço?
- Você está com ciúmes?
Putzgrila!
Isso me subiu à cabeça! Que raiva!
Me deu uma vontade de mandar ele para a bosta. E me deu essa vontade porque desde o início combinamos de não comprar nada caro um para o outro, quase combinamos até não comprar presentes para nós, embora sabendo que compraríamos uma lembrança assim mesmo.
E ainda ouvi dele: nós não vamos comprar presentes um para o outro não, né?
E ouvi mais:
- Ah, pelo seu jeito já sei que já comprou.
- Né fogo? A gente não havia combinado de não comprar nada?
Cacete! Que raiva!
Por que? Por acaso temos que fazer a festa dos outros e eu não mereço uma porra duma lembrança embaixo da árvore?
Por que essa porra de presente entre nós tem que ser um encargo e quando é para os outros é prazer?
Fiquei puta da vida, sim, e daí? Não tenho o direito?
Conversei com ele sobre isso, sobre estar chateada por isso ser visto como um encargo e ele me respondeu que eu entendi tudo errado, que ele inclusive já comprou minha lembrança, assim como eu já comprei a dele, etc, etc, etc.
Disse que comprou apenas uma lembrança, e que porque será aberta em público e por ser simples, ele não queria que os outros pensassem que ele comprou um presente não caro de propósito, por eu valer menos, e por aí vai a merda toda. Perguntou até se nós não podíamos trocar nossos presentes antes da ceia de natal.
E eu me detenho no que já cansei de dizer: o que tinha mais graça para mim era colocar os presentes embaixo da árvore, da graça e alegria disso.
Tudo o que queria era que essa troca de presentes ou lembranças ou uma merda qualquer entre nṍs não se tornasse isso que se tornou: tudo uma grande merda.
Um circo, uma peça a ser encenada, não pelo sentimento, mas pelos valores monetários envolvidos.
Para mim, por hoje, qualquer merda tanto faz como tanto fez.
Não estou preocupada, não aqui, em ser politicamente correta, escrevo sentimentos e acabou-se.
Cansei.
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