sábado, 26 de fevereiro de 2011

Homem, algumas vezes, melhor sem ele


Explico logo que não sou santa, mas algumas vezes sim, sou magoada sem nenhuma necessidade. Tá, eu ouço:
- Mas quem não é?
E eu respondo:
- Importa que fui eu, quando for você eu te escuto, quando for eu, posso vir aqui e desabafar.
Há momentos em que meu noivo é um saco, literalmente um porre difícil de aguentar!
Há momento em que ele é, no seu mais puro grau, um poço de egocêntrico egoísmo.
Por sorte, pelo menos para mim, ele é capaz de se reconhecer assim e tenta melhorar, tenta ver o que está fazendo, e tenta se melhorar.
Mas aí, quando ele tenta chegar perto já me magoou bastante e minha vontade é ficar bem longe dele, minha vontade é ficar no meu canto, no meu quarto.
Ele mesmo disse ontem, enquanto me pedia desculpas, que amor não são só palavras bonitas, arrependimentos lindos, sem ação. Concordo inteiramente.
Sei que ele também é ação. Não estou questionando isso. Apenas ontem e hoje, as palavras foram tão pesadas e duras e injustas que não quero permitir que ele chegue perto de mim com qualquer ação que seja.
E para que eu não me esqueça do que se trata quando guardar isso aqui, era o final de semana prometido para ficarmos um tempo juntos na sexta à noite, para irmos para o aniversário da sobrinha dele (e isso eu terei que ir), para ficarmos juntos no sábado à noite, também é o final de semana em que os avós dele estão na casa dele.
Mas estou sem paciência para ouvir desculpas. Me desculpe, digo eu, mas minha vontade de ficar com você desceu ralo abaixo neste final de semana.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Dieta


Voltei para a dieta há três dia, completados hoje.
Anteontem, depois de muitos e muitos meses, deu vontade de arrumar meu quarto.
Putz! Que zona!!!
Joguei fora um monte de material ultrapassado de concurso.
Ensaquei 2/5 das minhas roupas, que estão apertadas, nossa! Tem cada roupinha linda!
Separei para dar outros 2/5.
Finalmente, ficou no meu guarda-roupas 1/5. O que realmente está cabendo em mim. É pouca roupa, mas a arrumação está me fazendo um bem!
Organizar as minhas coisas e organizar a minha dieta fazem um bem enorme para a minha alma.
Me sinto viva, satisfeita, com esperança.
A comida, ou conseguir ficar longe do excesso dela, mexem profundamente comigo.
É isso. Pra frente.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Triste


Sair da dieta fodeu comigo. Ou pior: eu fodi comigo.

Estou insegura, me acho feia e inadequada. Fico tímida, me afasto das pessoas, me vejo gorda, desengonçada, ridícula, e todas essas merdas que posso fazer para me colocar para baixo.

Olhei umas fotos do almoço de confraternização que fui na sexta. Reconheço um rosto bonito, não sinto que ele me pertence. Só consigo enxergar meu corpo gordo.

Uma autopiedade fuderosa que me empurra para baixo.

Não quero sair, não quero me encontrar com as pessoas, quero ficar aqui, quieta no meu quarto, quero me esconder.

Sou obrigada a sair, tenho que conversar, trabalhar, fazer de conta que está tudo bem e que sou a mulher alegre e espontânea de sempre. Só eu sei o que está por debaixo de toda essa falsa segurança e simpatia.

Em baixo há uma Mulher com medo, medo do medo, do medo.

E isso é ruim, dói.

A autopiedade dói.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Quinta, mas pode ser sexta


Pela primeira vez hoje eu quebrei a dieta.
Não há motivos que não sejam apenas a compulsão.
Talvez haja um atenuante, só isso. Estou com TPM, não irritada nem nada do tipo, mas com uma necessidade, com uma vontade enorme de comer doces. Hoje comi.
Depois que comi fiquei com a barriga "estufada", deu um revestres que nem sei! Me senti inchada, senti dor no estômago.
Não ha o que lamentar, na verdade, até há, mas se não adianta, para que vou fazer isso?
É voltar, procurar me concentrar. Vai dar certo. Tem que dar.
Por mim, pelo filho que quero ter com meu lindo.
Fora isso, tudo está relativamente em ordem.
Ando me preocupando com a minha filha, acho que ela ainda não 'engrenou' nos estudos necessários para passar no curso que quer, apesar de estar estudando alguma coisa.
Algumas vezes está sendo necessário puxá-la para a razão. Estou esperando passar o carnaval para apertar o nó. Aí sim, vou acochar até ela tomar tento.
Ela anda muito preocupada com paqueras, saídas aos sábados, amigas, carnaval, prévias de carnaval, etc. Sei que é normal. Mas é necessário focar o alvo, e se ela não fizer isso no final do ano estará cheia de saídas e namoricos para contar e sentindo um vazio enorme por, de novo, não ter passado. E isso também me afetará profundamente.
Então, tenho que colocá-la na reta certa nem que seja na marra.
É isso, trabalho pela frente.
Fui.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Segunda à noite


Ontem foi um dia diferente.
Novamente eu e meu amor estamos ainda mais apaixonados. É como ele diz e eu assino em baixo: nosso problema nunca é falta de amor.
Vivemos momentos de intensa união e, de repente, uma bobagem faz nós nos afastarmos por um ou dois dias, e então voltamos um para o outro com uma saudade tão grande que parece que passamos semanas separados.
Sinto por ele um amor tão grande que me dá a sensação, muitas vezes, de estar tão completamente tomada de amor que dá vontade de chorar de alegria. E sei que é um sentimento recíproco, ontem aconteceu isso com ele.
Você já viu o seu amor nos olhos do amor da sua vida?
É isso que dá sal à vida. É isso que dá sentido em estar no mundo.
Sou imensamente grata por isso, meu bom Deus.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Domingo


Tenho uma notícia boa: perdi (eliminei) mais 1,200Kg, o que faz um total de 3,950Kg. Continuo com vontade de permanecer perdendo peso. Isso é vital e extremamente necessário para mim, para minha saúde emocional, mais ainda do que para minha saúde física.
Tento ficar o tempo todo alerta. Ontem á noite a compulsão me visitou, consegui comer mais do que devia sem detonar a dieta. Também consegui fugir do almoço familiar regado a comidas deliciosas e sobremesas.
Sentei para conversar antes do almoço e fiz meu prato também antes, para não participar daquela orgia alimentar dominical.
No sábado à noite eu havia dormido muito mal, tensa e irritada. Então, no domingo à tarde dormi.
Quando acordei fiz um trabalho para a pós. Depois, sem ter o que fazer lá pelas 21h, entrei na internet, isso de ter com quem conversar quando se está sem fazer nada e entediada é bom e é ruim.
É bom porque naquele horário eu não encontraria nenhuma amiga disponível para conversar potoca, então, conversar online é uma opção. É ruim porque não fazemos amizade de verdade, eu estou aqui e a outra pessoa está em outro estado, ou em outro país, como no caso do meu colega turco, além disso, não temos acontecimentos em comum que possam ancorar uma amizade verdadeira.
Não estudamos juntas, não temos uma história de vida em comum, não nos vimos de verdade, não saímos juntas, não conversamos, não sabemos nada da vida uma da outra, etc. Apenas jogamos conversa fora na internet. O perigo é que isso pode se tornar um hábito e ocupar uma parte da vida offline, o que é um sério desperdício da vida de verdade, a que emociona e aquece, a vida ao vivo.
Isso de internet é uma coisa muito louca! Tento me acostumar, uso para não ficar para trás, me arrisco para perder o medo, aprendo porque é necessário. Imagine conversar com pessoas que você sequer conhece e que estão em lugares distantes ou muitíssimo distantes de você. Se me dissessem há uns 15 anos que eu usaria ferramentas assim, eu teria tido um treco!
A verdade verdadeira? Prefiro incomensuravelmente a vida ao vivo, uma conversa, um abraço, olhar as outras pessoas nos olhos, gesticular, isso sim, é viver.
E né que a segunda-feira chegou e eu nem aproveitei o final de semana?
Paciência, em frente.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Sábado à noite

Eu tinha falado com meu noivo que queria dormir na casa dele, pois meus pais não estavam e esta semana passamos um susto aqui em casa porque acordei com a impressão de que havia alguém andando no telhado de madrugada. Felizmente devo ter sonhado, ou deve ter sido uma manga que caiu, ou um rato.
Combinei de minha filha dormir na casa de uma amiga porque ela ía sair e chegar tarde, e entrar tarde da noite num prédio com portão eletrônico e segurança é menos arriscado.
Meu noivo acertou que dormiria aqui comigo, pois seu avós estavam de visita na casa dele e sua avó não aceita que duas pessoas durmam juntas sem serem casadas. Por mim, tudo bem.
Só que de noite ele estava sem carro, e assim vai ficar por um longo período, por causa das confusões que já falei aqui e que me magoaram. Então, fui lá.
Ele veio com uma conversa fiada de que eu era noiva dele e de que eu tinha a chave da casa dele (dada a mim por minha sogra) e que não havia sentido em eu não dormir lá, etc, etc, etc.
Porra! Vai ajeitar as coisas de acordo com a sua conveniência assim lá na caixa prego!
Na verdade, todo esse discurso era porque ele não queria vir aqui para casa. Ele tinha dormido o sábado inteiro e sabia que ficaria sem sono à noite, e à noite estaria aqui em casa.
Eu enxerguei essas manobras e resolvi vir para casa. E no final de tudo, ele passou por cima do que eu resolvi e ligou para o meu irmão (com quem eu havia discutido e estava emburrada) para saber se ele ficaria em casa, pois do contrário ele viria para que eu não dormisse sozinha.
Putzgrila! Isso da avó dele, de eu não dormir lá, para em seguida dizer que eu tinha todo o direito de dormir lá (quando na verdade era ele que não queria vir), para depois, quando eu já estava em casa e de ele saber que meu irmão não sairia, redizer que não gostaria, a não ser que fosse necessário, de passar por cima das convicções de sua avó, me deixou tão puta da vida! Essas manipulações me deixam endiabrada.
Resultado disso tudo? De noite não consegui dormir. E estava pra lá de cansada.
Fui conversar num chat por vídeo que existe em todo o mundo, conversei até uma e pouco da manhã, deram ao meu nick a cor de quem já faz parte da sala, foi legal.
No início, entrei errado numa sala internacional, saí no mesmo instante, ainda não sei usar corretamente as ferramentas. Um cara do Egito, o rosto dele era tipicamente árabe, escreveu que queria conversar comigo e mostrar seu corpo, um desses doidos que tanto se fala. Quase desligo o micro da tomada tamanho o susto.
Entrei numa sala brasileira, foi lá que fiquei com o status de participante. A conversa estava boa, na verdade, um monte de conversa divertida jogada fora, sem compromisso com nada. Eles também jogam na sala, isso eu ainda não entendi como funciona.
Conversei com um rapaz da Turquia que estava na sala brasileira, boa conversa, mas um português capenga.
As câmeras ficam abertas, mostrando só o rosto, para quem não está acostumada, como eu, isso gera um certo desconforto.
Lá pelas tantas vi que se podia colocar uma foto no lugar da câmera, ainda não aprendi a fazer isso. Se fechar a câmera, automaticamente você sai da sala.
É isso, dormi mal, estou reclamando, estou chata. E ainda me meti num mundo que não conhecia, o das salas de chat em vídeo.
Paciência, durante o dia eu melhoro, ou não.
Sim, vou fazer por onde me melhorar, mas só porque vai me ajudar a controlar a vontade de comer.

Sábado de dia

Ontem, depois de meses de resistência, resolvi sair para caminhar. Consegui andar 3 Km. Acho que a hidro não melhora muito a capacidade física, quando terminei de andar estava tão cansada! E também satisfeita comigo.
Boa intenção sem ação não chega a lugar algum, pelo menos no que se refere a perder peso. E eu estou conseguindo manter a ação, isso demanda atenção o tempo inteiro, mas vale a pena. Se vale!
Depois que caminhei fiz também outra coisa que há pelo menos um ano não fazia: caminhei com meus cachorros, com os dois que ainda tenho, eles ficaram tão felizes! E foi engraçado porque a minha cadela maior ainda lembrava do barulho, foi só eu pegar a coleira dela que o barulho do metal a fez ficar latindo feliz, já antecipando o que aconteceria.
Depois fui para o supermercado comprar o que estava faltando na loja e aqui em casa (meus pais viajaram). Aí sim, cheguei exausta! Mas ainda fui dar banho nos cachorros!
Acabei de dar o banho e fui para a loja, trabalhei até 15h30.
De fato, preciso emagrecer para ter mais disposição, a rotina desse sábado me esgotou fisicamente, à tarde eu sentia dores nos pés e no corpo.
Tentei dormir depois que cheguei mas só fiquei deitada, não consegui.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Compulsão, Ira, Compaixão


Hoje arrumei o que fazer, arrumei até demais, quis abarcar o mundo com as pernas e fiquei pra lá de estressada.
Saí do trabalho, passei rapidamente em casa e fui resolver o que eu tinha me proposto há alguns posts atrás: não depender de carro de quem quer que seja e estar pronta para andar de ônibus.
Fui no comércio, levei todos os documentos necessários para tirar um cartão que me fará pagar meia passagem quando for andar de ônibus, afinal, a carteira de estudante que a pós me deu vai servir para isso.
Esperei duas horas e meia na fila, não, na verdade, a fila estava enorme e resolvi passear e só depois de um tempo voltei para a fila. Mas esperei muito.
Chegue no caixa e quando a atendende vai fechar o cadastro, dá erro. Minha carteira de estudante, feita pela UEE, tem numeração igual a mais duas outras. Não pude receber o cartão!
A moça preencheu tudo e me deu uma ficha de atendimento preferencial para quando eu voltar lá com a carteira 2011. Terei que ir outro dia porque o lugar onde eu poderia fazer a carteira já havia fechado.
Fiquei tão irritada que deu vontade de chorar!
E lá fui eu para o carro, praguejando, me lamentando do meu cansaço, cheia de raiva do mundo e de pena de mim mesma.
Quando estava no engarrafamento vi na calçada um senhor sentado, ele tinha apenas uma mochila velha. As pernas dele eram horríveis, uma delas tinha enormes crostas que a deformavam, a outra perna estava tão inflamada e com a pele tão fina que brilhava na luz dos carros.
De repente, me senti tão egoísta, tão reclamadeira sem motivos! Parei o carro perto dele e perguntei se ele queria ajuda, então dei uns trocados para ele.
Estava cansada e ía para casa, achava que não daria tempo de me cuidar como eu tinha pensado. Daí resolvi deixar de me queixar e resolver o que eu queria.
Fui para o salão fazer as unhas dos pés.
Cheguei em casa e fiz depilação e ajeitei as unhas da mãos.
Ainda assim, depois de toda essa lição de moral da vida, ainda consegui pegar uma discussão com meu irmão (sempre temos ou arranjamos motivos para divergir).
Isso tudo, principalmente a ira, mas também o arrependimento, a tranquilidade, tudo isso me ajudou a segurar a compulsão e a controlar a comida.
Enquanto jantava conversei com minha filha, ela me contou do seu dia e de seus parqueras, além de me contar o fato que marcou seu dia.
Ela ía para o cursinho quando cruzou com um homem muito pobre e com uma criança dormindo em cima da mochila dele. Ela encheu os olhos de lágrimas ao me contar.
Ela parou, viu a cena, perguntou se o homem estava precisando de ajuda.
O homem respondeu:

- Moça, eu preciso de tudo!

Ela deu dinheiro a ele e desejou boa sorte.
Meu Deus, desculpe minha impaciência com motivos não vitais.
Obrigada por me ajudar a manter a compulsão sob controle hoje.
Obrigada pelas lições que aprendi hoje. Se puder, me ajude a aprender a ajudar outras pessoas, de forma mais sistemática, menos passional e mais efetiva.

Sexta-feira













Queria ter coisas interessantes para falar agora.
Nops, nadica, not, não tenho.
Estou neutra, zerada.
Doida que dê logo a hora de sair aqui do trabalho.
Hoje não estou a fim. Estou querendo é sossego, ficar quietinha.
Hoje a compulsão está me rondando, estou o tempo todo de olho nela, e isso gera estresse. Pode até ser que mais tarde ela me ataque furiosamente, por enquanto, estou esperando, sempre com um pé atrás, pronta para fugir dela. Ou até pior, talvez seja necessário eu me agarrar com a bicha e dar uns tapas nela.
Também posso esperar, esperar, esperar... ou arrumar o que fazer, que é para ela manter distância.

Ah! Tenho sim o que contar!
Péra, deixa só eu tentar organizar uma lógica...

Hoje, depois de muitos meses, finalmente meu lindico (= meu noivo) afinal resolveu se encontrar com os amigos dele, há muito tempo que eu torcia por isso. (não, não fiquei doida, sei que para a maioria das mulheres isso de amigos do amor soa como uma ameaça, mas não para mim, ou melhor explicando, não para o nosso relacionamento, mas só uma ameaça para mim, a Mulher).
Há muito tempo que meu love se afastou dos amigos, sei que antes eram amigos de farra, de muitas farras, de farríssimas, mas meu amor parou de beber, resolveu mudar de vida, e nesse processo de melhora de si mesmo ele se afastou completamente desses amigos, alguns, de longa data.
Meu amor parou de beber há exatos cinco anos, e desde então vem num processo de melhora contínua, mas agora, há um tempo, vem passando por uma longa fase de se isolar, sei que isso é e foi necessário para permitir a mudança tão desejada.
Acontece que seus amigos também mudaram, não são mais os farristas extremos de antes. Muitos casaram-se e agora têm filhos. Talvez esteja na hora de meu noivo voltar ao convívio com esses amigos, ou pelo menos com a melhor parte deles.

Se tenho ciúme?
Sinceramente? Não. Não hoje.O bem que eu quero a ele, o amor que sinto por ele é maior que ciúme bobo porque ele vai se encontrar com amigos. Está na hora de uma nova fase começar. E se ele faz por onde isso acontecer, fico muito feliz.
A única ameaça nesse ponto sou eu a mim mesma.
Eu não me sinto bem para me encontrar com amigos dele. Nesse tempo de relacionamento conheci um deles, o melhor amigo, saímos algumas vezes juntos, foi legal, poderia ter sido melhor.
A noiva do amigo dele é extremamente calada, não sabe conversar, é nova demais e introvertida demais, então, para mim, que já passei dessa fase, ficou difícil engrenar uma conversa. No final das contas conversávamos nós três, eu, meu noivo, e o amigo dele, ela só entrava para dizer monossílabos. E isso cansa.

E o que me afasta dos amigos dele?
Até agora, meu noivo mesmo havia se isolado deles, por uma necessidade própria dele.
E agora que ele está começando a se abrir quem se sente mal em conhecer o restante deles sou eu.
Fomos convidados para o aniversário de um ano do filho de um deles e não fomos. Fiquei aliviada de não irmos, dele não querer ir.
E porque eu fiquei aliviada de ele não querer ir?
Porque eu estou gorda. Só por isso.
Se eu estivesse magra me sentiria segura para ir, para me divertir, para ser divertida, para fazer amizade e me sobressair.
Gorda fico com vergonha, muita. Deus me livre de encontrá-los.
Sei que os amigos dele são mais novos que eu sete anos , assim com ele também é, mas isso não é problema. Se eu estivesse magra tenho certeza (sem nenhuma modéstia) que teria beleza e carisma para me sair bem e ainda me divertir.
Mas assim, gorda, não posso, não quero, não vou.
Não do jeito que estou. Jamais.
Ainda bem que o encontro de hoje à noite é Clube do Bolinha!
Farei por onde este sentimento de me sentir desconfortável em mim mesma gerar mais resistência contra a compulsão.
E que Deus me ajude.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

E "A DIETA"???


Bom, bem, hum, é...
EU COMECEI! É!!!!!!!!!!!!!!! EU COMECEI!
E já faz uma semana. :))
Me pesei hoje, estou com 750 gramas a menos do que estava no dia 10 de janeiro (última data em que me pesei). Tudo bem, não é lá grande coisa? É, SIM!
No dia 10 de janeiro eu estava com uma semana de dieta e havia perdido 2,100Kg.
Depois do dia 10, quando abandonei a distinta reeducação alimentar, comi besteira, logo (dedução obvia e lógica), agora, há uma semana atrás, eu devia estar mais pesada.
E como eu me pesei hoje e estou 750 gramas abaixo do que estava no dia 10 de janeiro, devo ter perdido bem esta semana!
TOTAL: 2,850Kg. IURRRUUUUUUUU!!!!!!!!!!!
Tá, do jeito que eu expliquei ficou complicado. Vai um resumo:
Dia 03 de janeiro: início de uma dieta.
Dia 10 de janeiro: - 2,100 Kg.
Do dia 10 até uma semana depois: comi besteira.
Dia 02 de fevereiro: início "da" reeducação alimentar. (essa denominação é mais ecologicamente correta)
Dia 09 de fevereiro: - 0,750 Kg.
TOTAL ELIMINADO: - 2,850kg. (Também é a denominação mais ecologicamente correta).
Será que vou ficar magra e virar uma ecochata?
Beijocas e parabéns para mim!
Tá, não estou sendo modesta, mas me diz: se eu não levantar o meu ego, quem fará isso?

A verdade verdadeira (nessas horas detesto a minha mania de quase sempre optar pela verdade...) é que estou me sentindo horrorosa, muito, muito feia, olho no espelho e não gosto do que vejo fisicamente. Então, já que estou nesse pé, é hora de mudar.

Definitivamente, é hora de mudar, de me cuidar.
Também amanhã começo a cuidar da minha pele, que ficou manchada de sol.
Tudo por mim. Pelo menos no que depender da minha força de vontade.

Hora de me redescobrir.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Segunda-feira depois da praia


Que segunda-feira desembestada!
Minha filha telefonou de manhã dizendo que queria mudar o curso pré-vestibular da noite para a tarde, pois assim as aulas do curso e das isoladas não entrariam em choque de horário aos sábados. Então, eu tive que sair do trabalho na hora de almoço para resolver isso, fazer a mudança de horário, pagar a diferença de mensalidade, etc., só não esperei que fosse levar a tarde toda para resolver essas coisas!
A fila para pagamento da escola estava imensa, pois também era o último dia para entregar o requerimento da carteira de estudante para quem quisesse recebê-la na primeira leva.
Terminei de resolver o imbróglio eram 14h40. Liguei para o trabalho e disse que não iria mais, pois conseguiria chegar lá umas 15h10 e largo às 16h, seria só para gastar gasolina.
Já que não ia voltar para o trabalho, resolvi resolver logo a carteira de estudante dela, só que não tinha retrato 3x4, então, voltei para casa, procurei nos dvds em que arquivo tinha foto dela, pedi para meu irmão formatar, passei no supermercado para imprimir e voltei para a escola dela. Estava arretada com a demora.
Quando ia no meio do caminho, achando ruim o trabalho de voltar lá, vi uma cena que não esquecerei:
Um casal visivelmente do interior, a mulher baixa e gordinha, carregava uma bolsa pesada; um homem um pouco mais alto que ela carregava um adolescente quase do tamanho dele, que era só couro e osso por atrofia muscular e paralisia cerebral. Estava parada no sinal e vi quando eles pediram informação a um rapaz, eles estavam nitidamente esbaforidos de calor e cansaço.
Pensei em chamá-los para deixá-los onde eles quisessem ir, mas eles estavam relativamente longe e atravessaram a rua no sentido contrário ao que eu ia, daqui que eu conseguisse voltar e procurar por eles teria se passado muito tempo.
Depois que vi a dificuldade deles premeti a mim mesma que nada, absolutamente nada dos meus aborrecimentos por motivos bobos me faria ficar chateada naquela tarde.
Cheguei na escola e entrei na fila de novo para entregar o requerimento da carteira de estudante. Quando cheguei perto do caixa consegui ler um aviso que não dava para ler antes em função da multidão na fila:
"Para a carteira de estudante de alunos menores de idade é necessário também certidão de nascimento do aluno".
Li, não me aborreci, voltei de novo para casa e peguei o documento. Voltei para a escola e, finalmente, consegui resolver tudo. Sem desistir.
Cheguei em casa 19h05mim.
Contei para painho o que vi e que me determinou a não permitir que eu me aborrecesse com poucas coisas. E ouvi dele o ditado que ele ouviu de um amigo:
"Eu reclamava porque não tinha sapatos, até que me encontrei com alguém que não tinha os pés".

Praia no final de semana!UEBA!!!


Há muitas semanas, quase dois meses, que eu não folgava no sábado. Neste final de semana que passou eu e meu amor fomos para a praia onde minha família tem uma casa.
Foi um final de semana perfeito!
Fizemos tudo o que sempre fazemos, mas foi tão delicioso!
Chegamos na sexta à noite, arrumamos as coisas, conversamos, ficamos abraçados, fizemos amor.
Por falar em amor, estamos numa fase particularmente excitante.
No sábado passamos a maior parte do tempo tomando banho de mar, à noite fomos para a cidade, que estava com um parquinho montado, nos arriscamos mas andamos nos brinquedos mais estressantes de lá. Sei que é arriscado brincar em parque de cidade pequena, mas foi bom demais!
Domingo bem cedo fizemos uma caminhada na praia e fotografamos lindas paisagens, pois há uma área em que mata, morro e areia da praia são uma continuidade que vai dar no mar. Depois pegamos o carro e ele me levou para conhecer o pontal de uma praia próxima, andamos num pier que deixa ver uma ilha e caminhos de encontro do rio com o mar.
Foi um lindo final de semana de cumplicidade, namoro, amor, sexo do bom (com amor do bem), passeios e boas conversas... QUE DELÍCIA!