Acabou. Não estou feliz, mas estou aliviada.
Sei que não por maldade, mas sim por imaturidade e insegurança, ele jamais será o homem que preciso no quesito me proteger tanto quanto eu o protegia, e muito menos me apoiar tanto quanto eu o apoiava.
Depois de tanta confusão em razão do convite para ser padrinho, e cujo único desfecho foi ele pedir penico à prima até o fundo das calças aparecer por ter que declinar do convite, de ter me exposto aos colegas e de não ter me defendido, ficou acertado que ele iria ao casamento e eu disse que não iria. Pensei que apesar de eu pedir a ele para não fazer confusão por isso, ele iria arranjar uma forma de me defender - que o quê? Ele me pediu desculpas e ficou tudo por isso mesmo. Ele iria ao casamento como se nada tivesse acontecido e apenas eu não iria. E então racionalizei: que porra de papel eu estou fazendo?
Então, depois de tanta confusão, veio a maldita viagem dele, da mãe dele, e do irmão dele, no final de semana retrasado, aquela mesma viagem que ela, a minha sogra, havia me convidado diante de toda sua famíla, depois queria que eu pagasse a minha parte para poder ir (nada contra, se o convite não houvesse sido feito diante da família dela e se ela não tivesse dinheiro) para poder ir com eles, depois simplesmente acertou de viajar com os filhos sem me dar uma única explicação. E de novo ele concordou. E ele ainda me disse que eu deveria entender que não deveria achar ruim da mãe dele querer viajar só com os filhos!
E de novo me senti sozinha e desprotegida.
Bom, acontece que uma das minhas melhores amigas mora nessa mesma cidade que eles viajaram, e que outra amiga minha iria visitá-la e me chamou para ir junto, e chamou também a minha filha. E fomos. E nós dois combinamos que ele iria nos visitar, afinal, a casa onde eu ficaria ficava a menos de 2 quilômetros de onde ele estava com a família dele.
Na sexta à noite ele saiu com a família dele e me ligou umas 22h20, depois de chegar do passeio com a mãe dele , querendo ir até a casa onde eu estava. Eu disse que já estava tarde e que era melhor deixar para nos vermos no outro dia. Claro, porque eu iria recebê-lo quase onze horas da noite, porque?
Então ele me disse que nos veríamos no sábado pela manhã, e acrescentou: mas não ligue para mim, deixe que eu ligo, pois você acorda mais cedo que eu. Tudo bem.
Umas 9h30min ele ainda não tinha ligado, então saí com minha amiga e minha filha. Perto de 10h ele ligou querendo ir até lá, eu avisei que estava na rua e o chamei para almoçar conosco. Ele disse que não daria porque almoçaria com a mãe dele e com a família.
Então, à noite nos falamos e ele disse que iria para um rodízio com a família e que depois iria onde eu estava, e perguntou o que íamos fazer, e respondi:
- Vamos todos ficar em casa conversando, vai ter cachorro-quente e fondue, e eu disse que ficaria esperando ele chegar. E ele disse:
- Ah, mas o seu programa é só de comida! E eu vou sair com mainha, então, se não der tempo de ir até vocês, paciência...
- E eu respondi que ele não podia ser apenas filho, que ele não podia agir assim.
E ele deve uma ataque de raiva, me acusou de não entender que aquela era a primeira viagem dele com a mãe dele depois que ela começou o câncer, e que ele não era obrigado e se encontrar comigo e com meus amigos, e que só voltaria a me telefonar no domingo quando chegasse em casa.
Caí no choro na frente de minha filha e da filha da minha amiga. Mas depois tomei um banho e fui aproveitar a noite.
E conversei, e me diverti, e fiz os outros sorrirem. Quando fui dormir, perto de 1h da manhã, vi que 21h25min havia uma ligação não atendida dele. Não me importei.
No domingo de manhã ele ligou me dizendo que tinha ligado no sábado à noite para ir até onde eu estava, e que estava voltando de viagem com a família dele, e que por favor eu tomasse cuidado quando fosse voltar na estrada.
Juntei esses acontecimentos com as particularidades dele, como por exemplo vir me pegar em casa, eu entrar no carro toda pronta e de mala e cuia, e depois de deixarmos a namorada do irmão dele em casa, ele sondar se poderia me deixar em casa de volta porque está com vontade de ficar sozinho. Porra! E eu sou um pacote?
De outra vez me manda uma mensagem cheia de saudade na quinta-feira, mas na quinta uma amiga minha veio de viagem dormir em minha casa e não pudemos dormir juntos, então na sexta me perfumo e me arrumo, e ouço dele que ele quer ficar sozinho porque eu estou cansada porque trabalhei e que não vou conseguir dormir muito depois de 22h30 ou 23h, e que assim ele não poderá usar o quarto dele e fumar lá dentro!
De outra vez havíamos discutido e eu fui até a casa dele para conversarmos. Cheguei lá, cumprimentei com carinho a mãe dele (com quem ele já havia dito que estava triste porque havíamos brigado) e fomos conversar no quarto dele. E não deu 10 minutos a mãe dele mandou o outro filho bater na porta do quarto para ele ir levar a namorada do irmão em casa! Estou errada ou isso é pura sacanagem e falta de respeito? E olhe que dizem que sou a única que até hoje ela respeitou!
E ele tenta constantemente comparar a mãe dele com minha filha, como se ele tivesse com a mãe as mesmas obrigações que eu tenho com minha filha! Nada a ver com a doença dela, nesse quesito é claro que ela precisa de total apoio. Mas não dar limites à própria mãe? Deixar que ela ocupe espaço dessa forma?
Ele tem respeito e carinho por minha filha que, de fato, é afável e educada. Só que ele algumas vezes sente ciúmes dela e da atenção, responsabilidade e amor que dispenso à ela. Deus meu, por que?
"Quinhentas vezes" o avisei que o meio estava hostil demais para ele continuar agindo de forma egocêntrica e egoísta. Não adiantou. E por que é que o mundo dele desabou quando eu acabei???
Depois que ele chegou de viagem com a família no domingo, nós não nos falamos até esta quinta-feira. Então resolvi telefonar para dizer que tínhamos que conversar, e ele concordou que sim mas depois enviou uma mensagem dizendo que enquanto fóssemos repetir velhas fórmulas de procurar culpas e culpados era melhor não nos vermos!
Cansei. E acabei.
E na quinta para a sexta de madrugada ele entrou no meu quarto, ele tinha as chaves da casa, se acabando de chorar e dizendo que não estava entendendo porque eu havia acabado, que mudaria o que fosse necessário, que viajasse com ele na sexta, que precisávamos ficar sozinhos juntos, falava num desespero enorme, que esqueceria a mãe dele e a família dele, que eu era a sua vida, que não podia fazer isso com ele depois de haver prometido que envelheceríamos juntos, que me amava, que eu o amava, etc. E eu o acolhi com carinho, que de fato sinto, mas não consegui deixar o amor reaparecer. Simplesmente não consegui, e não consigo até agora. Não queria que ele esquecesse a famíla dele, nada disso, muito menos a ´mãe dele, e isso eu disse, queria apenas sentir que era a mulher dele como ele sempre disse que eu era, e como eu nunca me senti na hora de me defender de pessoas da família dele, da mãe dele e dele mesmo.
Constantemente relembro os momentos de intenso e total companheirismo, amor completo e irrestrito, e sinto saudade, muita saudade desse sentimento único que não está suportando a realidade.
Sei que sou amada, mas isso não é o suficiente. Amor exige ação, e ação apenas de uma parte cansa.
A gente apóia, apóia, apóia, e quando precisa de apoio não encontra?
Não sou madre Tereza, sou apenas uma mulher, com necessidades e sentimento de mulher.
Estou cansada. Não mereço isso. Não preciso disso. Essa é minha única certeza.
Acho que tu fez a coisa certa! Deus sabe o que é pra ser, se tu ama ele e for pra vcs ficarem juntos, vai ser na hora certa, qnd ele tiver a maturidade necessária pra ser um companheiro/marido/parceiro e não um namoradinho indeciso! Deus te dê sabedoria pra ser firme e não aceitar menos do que tu merece! Força! Um abraço!
ResponderExcluirObrigada, estou firme sim. E também estou tranquila.
ResponderExcluirFiz o que era certo e necessário, e estou em paz.