quarta-feira, 23 de maio de 2012

dia 23 de maio

Ontem e esta noite foram difíceis demais.
Ontem eu estava muito cansada, de vez em quando tenho tido essa sensação de muito cansaço, estou investigando, até agora é puro estresse, mas fiz uma pesquisa de anemia do tipo alfa-talassemia e estou aguardando o resultado. A médica acredita ser estresse porque no mais tudo está bem.
Ontem foi o aniversário da minha filha, correu tudo bem, foi ótimo, e eu corri que só para organizar e arrumar e sair com ela.
Acordei muito tonta, tive uma noite péssima, cheia de sonhos ruins que não me lembro, com calafrios, e também saudade de Thiago.
Quebrei a dieta novamente, desde a nossa conversa de domingo eu me descontrolei, e isso é uma grande merda. Assim me descontrolo ainda mais emocionalmente e minha glicose se descontrola junto.
Domingo ele telefonou para dizer que estávamos fazendo uma grande besteira, e que me amava, e que daqui a algum tempo quando estivermos com alguém veremos que desperdiçamos o amor de nossas vidas, e também para me dizer que eu o abandonei no pior momento da vida dele. ele entendeu que eu simplesmente não suportava mais, eu não me vejo voltando para essa relação, dentro dos mesmos moldes, sem me destruir. E sinceramente não acredito que ele possa ter amadurecido em apenas uma semama.
O simples fato de ele reconhecer que o trato e tratei com respeito e carinho e afeto, mesmo quando acabei o relacionamento, mas mesmo assim me dizer que eu o abandonei no pior momento, demonstra infantilidade e até um pouco de egoísmo. E esse cobrança dele mexeu com meu lado maternal/fraternal, mexeu comigo porque sempre tento ajudar e não magoar ninguém, e inacreditavelmente me senti culpada mesmo sabendo que não sou.
Não acredito que ele amadureceu ao ponto de ele mesmo saber qual o meu papel em sua vida. Ao ponto de não precisar perguntar ao pai, à mãe e aos colegas de cursinho o que eu represento para ele, e olhe que isso tudo foi por causa de um mero convite. E em outro momento não me defender perante a mãe dele e o irmão, e chegar a me dizer que o irmão dele de 19 anos era novo demais para entender que éramos companheiros e não ficar com raiva porque não levaria a namoradinha. E tantas outras coisas que vinham me magoando, como me pegar toda pronta e em seguida querer me deixar em casa, como se eu fosse um brinquedo que ele não estivesse a fim de brincar no momento. Eu não suporto mais tanta falta de maturidade e insegurança e egoísmo. e olhe que tudo o que eu pedia era um posicionamento dele! Nunca pedi sequer que morássemos juntos, pois dificilmente teríamos condições financeiras, não pedi nada disso. Queria apenas ter sentido que ele capaz de agir conforme o homem da minha vida, conforme o homem que protege a SUA MULHER, como tanto ele me dizia que eu era. Era apenas isso.
Procuro racionalizar e entrar nos eixos, afinal, daqui a pouco sairei para trabalhar e precisarei estar bem.
No momento, tudo o que sinto é vontade de tomar um dorflex e 1 miligrama de rivotril e dormir e descansar, mas não é isso que vou fazer.
É hora de tomar banho para ir trabalhar. É hora de acordar de vez e parar de reclamar.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Enfim, só

É estranho estar sozinha. Há uma semana que venho me acostumando e me acupando para não enxergar isso. Mas até agora estou lúcida e relativamnte tranquila.

Até a semana passada, antes de tomar a decisão, estava tendo tonturas constantes e um tremor no olho esquerdo que faz com que ele quase se feche involuntariamente durante isso. Procurei uma médica: puro estresse. Estresse com tudo o que vinha acontecendo e me desgostando. Pelo menos as tonturas passaram, de vez em quando o tremor do olho ainda vem, mas eu não quis tomar medicamento algum.

Se continuássemos eu iria me destruir, perder o respeito por mim mesma. Cada vez que aceitava as coisas que vinham acontecendo eu me sentia diminuída, sentia até vergonha quando me via numa situação inferior sem que ele me defendesse. Ou quando ele chegava para me defender a pulso, muitas vezes utilizando o mesmo discurso de quando defendia que ele ou os outros estavam certos, e não entendia a minha revolta.

Não adianta buscar culpas ou culpados. Basta. É hora de simplesmente dividir as culpas, deixar diferenças de lado e tocar a vida para a frente.

Acreditei nesse amor, vivi esse amor, apostei nele imensamente. Não deu. eu não estava mais feliz e nem conseguia mais enxergar que as coisas mudariam.

Desejo de todo coração que ele continue batalhando e melhorando a si mesmo. Desejo de todo coração que ele se liberte e que se sinta desamarrado de tantas falsas certezas bobas que tanto o atormentaram a vida toda. Espero tê-lo ajudado nisso. E espero também me melhorar ao seguir em frente.

Deus te abençoe, meu lindo amor. Em frente, a vida é em frente.


terça-feira, 15 de maio de 2012

Final do relacionamento

Acabou. Não estou feliz, mas estou aliviada.
Sei que não por maldade, mas sim por imaturidade e insegurança, ele jamais será o homem que preciso no quesito me proteger tanto quanto eu o protegia, e muito menos me apoiar tanto quanto eu o apoiava.
Depois de tanta confusão em razão do convite para ser padrinho, e cujo único desfecho foi ele pedir penico à prima até o fundo das calças aparecer por ter que declinar do convite, de ter me exposto aos colegas e de não ter me defendido, ficou acertado que ele iria ao casamento e eu disse que não iria. Pensei que apesar de eu pedir a ele para não fazer confusão por isso, ele iria arranjar uma forma de me defender - que o quê? Ele me pediu desculpas e ficou tudo por isso mesmo. Ele iria ao casamento como se nada tivesse acontecido e apenas eu não iria. E então racionalizei: que porra de papel eu estou fazendo?
Então, depois de tanta confusão, veio a maldita viagem dele, da mãe dele, e do irmão dele, no final de semana retrasado, aquela mesma viagem que ela, a minha sogra, havia me convidado diante de toda sua famíla, depois queria que eu pagasse a minha parte para poder ir (nada contra, se o convite não houvesse sido feito diante da família dela e se ela não tivesse dinheiro) para poder ir com eles, depois simplesmente acertou de viajar com os filhos sem me dar uma única explicação. E de novo ele concordou. E ele ainda me disse que eu deveria entender que não deveria achar ruim da mãe dele querer viajar só com os filhos!
E de novo me senti sozinha e desprotegida.

Bom, acontece que uma das minhas melhores amigas mora nessa mesma cidade que eles viajaram, e que outra amiga minha iria visitá-la e me chamou para ir junto, e chamou também a minha filha. E fomos. E nós dois combinamos que ele iria nos visitar, afinal, a casa onde eu ficaria ficava a menos de 2 quilômetros de onde ele estava com a família dele.
Na sexta à noite ele saiu com a família dele e me ligou umas 22h20, depois de chegar do passeio com a mãe dele , querendo ir até a casa onde eu estava. Eu disse que já estava tarde e que era melhor deixar para nos vermos no outro dia. Claro, porque eu iria recebê-lo quase onze horas da noite, porque?
Então ele me disse que nos veríamos no sábado pela manhã, e acrescentou: mas não ligue para mim, deixe que eu ligo, pois você acorda mais cedo que eu. Tudo bem.
Umas 9h30min ele ainda não tinha ligado, então saí com minha amiga e minha filha. Perto de 10h ele ligou querendo ir até lá, eu avisei que estava na rua e o chamei para almoçar conosco. Ele disse que não daria porque almoçaria com a mãe dele e com a família.
Então, à noite nos falamos e ele disse que iria para um rodízio com a família e que depois iria onde eu estava, e perguntou o que íamos fazer, e respondi:
- Vamos todos ficar em casa conversando, vai ter cachorro-quente e fondue, e eu disse que ficaria esperando ele chegar. E ele disse:
- Ah, mas o seu programa é só de comida! E eu vou sair com mainha, então, se não der tempo de ir até vocês, paciência...
- E eu respondi que ele não podia ser apenas filho, que ele não podia agir assim.
E ele deve uma ataque de raiva, me acusou de não entender que aquela era a primeira viagem dele com a mãe dele depois que ela começou o câncer, e que ele não era obrigado e se encontrar comigo e com meus amigos, e que só voltaria a me telefonar no domingo quando chegasse em casa.
Caí no choro na frente de minha filha e da filha da minha amiga. Mas depois tomei um banho e fui aproveitar a noite.
E conversei, e me diverti, e fiz os outros sorrirem. Quando fui dormir, perto de 1h da manhã, vi que 21h25min havia uma ligação não atendida dele. Não me importei.
No domingo de manhã ele ligou me dizendo que tinha ligado no sábado à noite para ir até onde eu estava, e que estava voltando de viagem com a família dele, e que por favor eu tomasse cuidado quando fosse voltar na estrada.

Juntei esses acontecimentos com as particularidades dele, como por exemplo vir me pegar em casa, eu entrar no carro toda pronta e de mala e cuia, e depois de deixarmos a namorada do irmão dele em casa, ele sondar se poderia me deixar em casa de volta porque está com vontade de ficar sozinho. Porra! E eu sou um pacote?

De outra vez me manda uma mensagem cheia de saudade na quinta-feira, mas na quinta uma amiga minha veio de viagem dormir em minha casa e não pudemos dormir juntos, então na sexta me perfumo e me arrumo, e ouço dele que ele quer ficar sozinho porque eu estou cansada porque trabalhei  e que não vou conseguir dormir muito depois de 22h30 ou 23h, e que assim ele não poderá usar o quarto dele e fumar lá dentro!

De outra vez havíamos discutido e eu fui até a casa dele para conversarmos. Cheguei lá, cumprimentei com carinho a mãe dele (com quem ele já havia dito que estava triste porque havíamos brigado) e fomos conversar no quarto dele. E não deu 10 minutos a mãe dele mandou o outro filho bater na porta do quarto para ele ir levar a namorada do irmão em casa! Estou errada ou isso é pura sacanagem e falta de respeito? E olhe que dizem que sou a única que até hoje ela respeitou!
E ele tenta constantemente comparar a mãe dele com minha filha, como se ele tivesse com a mãe as mesmas obrigações que eu tenho com minha filha! Nada a ver com a doença dela, nesse quesito é claro que ela precisa de total apoio. Mas não dar limites à própria mãe? Deixar que ela ocupe espaço dessa forma?

Ele tem respeito e carinho por minha filha que, de fato, é afável e educada. Só que ele algumas vezes sente ciúmes dela e da atenção, responsabilidade e amor que dispenso à ela. Deus meu, por que? 
"Quinhentas vezes" o avisei que o meio estava hostil demais para ele continuar agindo de forma egocêntrica e egoísta. Não adiantou. E por que é que o mundo dele desabou quando eu acabei???

Depois que ele chegou de viagem com a família no domingo, nós não nos falamos até esta quinta-feira. Então resolvi telefonar para dizer que tínhamos que conversar, e ele concordou que sim mas depois enviou uma mensagem dizendo que enquanto fóssemos repetir velhas fórmulas de procurar culpas e culpados era melhor não nos vermos!
Cansei. E acabei.

E na quinta para a sexta de madrugada ele entrou no meu quarto, ele tinha as chaves da casa, se acabando de chorar e dizendo que não estava entendendo porque eu havia acabado, que mudaria o que fosse necessário, que viajasse com ele na sexta, que precisávamos ficar sozinhos juntos, falava num desespero enorme, que esqueceria a mãe dele e a família dele, que eu era a sua vida, que não podia fazer isso com ele depois de haver prometido que envelheceríamos juntos, que me amava, que eu o amava, etc. E eu o acolhi com carinho, que de fato sinto, mas não consegui deixar o amor reaparecer. Simplesmente não consegui, e não consigo até agora. Não queria que ele esquecesse a famíla dele, nada disso, muito menos a ´mãe dele, e isso eu disse, queria apenas sentir que era a mulher dele como ele sempre disse que eu era, e como eu nunca me senti na hora de me defender de pessoas da família dele, da mãe dele e dele mesmo.

Constantemente relembro os momentos de intenso e total companheirismo, amor completo e irrestrito, e sinto saudade, muita saudade desse sentimento único que não está suportando a realidade.
Sei que sou amada, mas isso não é o suficiente. Amor exige ação, e ação apenas de uma parte cansa.
A gente apóia, apóia, apóia, e quando precisa de apoio não encontra?
Não sou madre Tereza, sou apenas uma mulher, com necessidades e sentimento de mulher.

Estou cansada. Não mereço isso. Não preciso disso. Essa é minha única certeza.