segunda-feira, 30 de maio de 2011

Afinal chegou a bonança



Sei que as vezes sou uma gangorra de sentimentos, é uma de minhas características, ou seria um de meus defeitos? Sei lá, só sei que sou assim.

E quem não tem suas particularidades?

E também não sou nem tão 8 ou 80 assim, pelo menos é o que as pessoas dizem: que sou calma e fácil de lidar... será?

Finalmente estou entrando numa fase tranquila e confiante. FINALMENTE!

Estou de dieta há um pouco mais de uma semana, e me livrei de 3,5 kg, esse pesinho fora de mim me faz um bem!

Ganhei 3,5 Kg de auto-estima e confiança em mim mesma.

Meu namoro com meu noivo voltou ao devido lugar: ao nosso amor tranquilo e que tanto bem nos faz. Estávamos precisando de um tempo só nosso, para namorar, para conversar e fazer amor. Um tempo para reafirmarmos que nossas almas se amam, e que adoramos estar juntos. O engraçado é que foi um final de semana cheio de coisas para resolver, que não deixamos que nos atrapalhassem.

Se der tudo certo (e vai dar) no final de semana que vem iremos para a praia. Delícia!
Viva a lucidez!






















sábado, 28 de maio de 2011

Sábado



Estou conseguindo até agora tranquilamente me manter no meu objetivo. Será uma caminhada de longo prazo, e sinto aquela suave determinação que senti há dois anos, sem desespero, enxergando apenas cada dia. Bom, se eu não estiver assim, gosto de acreditar que assim estou.

Em relação ao meu noivo nós conseguimos voltar ao normal, sou exagerada em minhas reações, eu sei, mas muitas vezes não consigo ser diferente.

Sobre sairmos para festas juntos, da minha parte e se for na casa da família toda dele eu não vou. Hoje vou a um aniversário com minha filha, ele não vai porque as roupas estão apertadas e porque está com vergonha, se é vergonha dele ou vergonha nossa, isso não vem ao meu caso. Paciência, nada posso fazer.

É, sei que toco nesse assunto e já fico irritada e sou também injusta, o que ele diz e faz talvez ou com certeza está surtindo em mim um efeito maior que o necessário. Mas também preciso acatar que isso tudo me trouxe de volta à lucidez em relação a mim mesma, então, toda essa merda fedendo está me ajudando a sair do lugar.

Eu e ele estamos nos reencontramos depois desses maus tempos. Ótimo isso. Adoro ficar abraçada com ele, e conversar besteira, e ouvir abobrinha, e deixar o tempo passar, só aproveitando a companhia um do outro.

Preciso desesperadamente de um tempo só para mim, um tempo só para nós por pelo menos um final de semana. Já acertamos de viajar para uma praia no final de semana que vem. Tomara que não haja contratempos.

Meu nível de tolerância está muito baixo, preciso ficar sossegada e sem ninguém para atrapalhar, nem a minha filha, que tem muitos compromisso em virtude do vestibular e precisa que eu a deixe e a busque, muito menos a irmã dele, que é autoritária e invasiva e que ele deixa dar ordens em nome do amor que tem pela sobrinha, que é um doce.

É, preciso de um tempo sozinha, comigo mesma, e mais ainda de um tempo sozinha com nós dois.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Insegura
Sem paz
Sem vontade de comer besteira
Insatisfeita
Com medo
Desprotegida
Uma mistura de sentimentos destruidores: nunca mais em minha vida quero me sentir assim.
Não quero mais estar gorda.
Não quero mais colocar tanto poder sobre mim nas mãos de outra pessoa.
Uma única certeza: vou recuperar minha auto-estima e ter a mim mesma de volta.

Pensamentos


Não sinto desespero por comida. Não nesta fase.
Ontem fui a uma festa para dar as boas vindas a uma prima que passou um ano de intercâmbio nos EUA, quase toda a minha família estava lá. E, é claro, muita comida também, todas as festas em minha família são sempre regadas a comida, muita.
Comi pouco, bem pouco para a orgia que eu teria feito nos maus tempos. E acordei (se é que posso dizer que dormi, pois tive insônia) satisfeita comigo mesma. Nos momentos em que adormeci sonhei com momentos em que eu não seria aceita pelos outros, e eu brigava, tentava me impor, cenas em que eu precisava brigar para que não me diminuíssem, sonhei um monte de merda neste sentido, um monte de cenas se repetindo, sempre com este teor.
Ontem também havia uma festa com música para dançar para ir com meu noivo e com a mãe dele. Não deu. Não dá. Não sinto vontade alguma de ir.
Sei que tivemos uma conversa bem franca sobre nossos pesos. Sei mais ainda que não há culpados, apenas gordura que detona a auto-estima, assim como o sentimento comum de não estar à vontade no próprio corpo.
Embora eu sinta muitas vezes vergonha por estar gorda, vergonha de mim, a verdade é que nunca senti vergonha alguma dele, todo o meu sentimento detonador recai apenas por cima de mim.
E ouvir dele que sente vergonha do que possam falar de nós dois em público, principalmente entre pessoas conhecidas, minhas ou dele, deixou claro que a vergonha dele se estende a mim também. E isso me bloqueia completamente. Não é algo que eu sinta raiva ou o culpe, não há motivos para isso. Mas certamente isso bloqueou qualquer vontade que eu possa ter de sair em público junto com ele.
Tenho plena consciência de que ele sente atração e desejo por mim, isso ele demonstra facilmente. E também acredito que me ame, não tenho dúvida.
Mas nem em nome desse amor sinto qualquer vontade de estar com ele em público. E não é por bobagem do tipo: ah, estou com vergonha... NÃO.
Apenas sou mulher demais, com idade demais, para permitir que a vergonha dele se estenda a mim.
Sempre coloquei a minha compulsão e a minha aparência apenas e tão somente nas minhas ações, no meu descontrole, e sempre soube que os motivos (se é que eles existem) que deflagram a compulsão são pontos de partida, mas que a gordura que está em mim é apenas fruto das minha ações, e acho que por isso nunca estendi a minha vergonha ou desconforto a qualquer companheiro, fosse ele gordo, magro, feio, bonito, alto ou baixo.
Claro que é possível entender as razões dele em sentir vergonha de nós como um casal, nem todos são obrigados a enxergar as coisas e muito menos a encarar da forma como eu encaro.
Só tenho uma certeza hoje: o meu sentimento em relação a mim mesma já é grande demais para que eu carregue também o de outra pessoa.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Constatação

Nesse final de semana minha filha fez 18 anos.
18 ANOS!
Putz, como alguém com o meu juízo tem uma filha de 18 anos?
Tá, na verdade, eu tenho a cachola no lugar sim, pelo menos para a maioria dos assuntos, sem modéstia boba.
A comemoração foi, as comemorações, foram muito boas. Foram mais de 24 horas de comemoração. No sábado à noite com toda a nossa família e no domingo à tarde com todas as amigas dela. Foi muito legal.
Agora, sobre o meu peso e sobre as coisas que andam acontecendo comigo, há um longo caminho a percorrer. Já o comecei, e não está difícil, aconteceram uns poréns que me deram ânimo e determinação. Alguns desagradáveis e pelos quais eu nunca havia passado antes, mas que resolvi tirar proveito da merda toda para me fortalecer.
Uma delas é sobre uma conversa que eu e meu noivo tivemos. Séria. Sobre os nossos pesos.
Ambos nos sentimos envergonhados e pouquíssimo à vontade em nossos próprios corpos. Mas uma coisa é eu me sentir mal em mim mesma, outra, é saber que ele também não se sente bem comigo, e nem com ele mesmo, quando estamos em público. Ouvir isso não é fácil, e eu nunca tinha ouvido, de qualquer outro namorado que fosse.
Sei que ele falou mais dele mesmo e de como se sente inadequado gordo e em público, ele tem uma relação de dependência com a beleza, de precisar se sentir bonito para se sentir aceito, admite isso e sabe que é um defeito, mas se ele se enquadra nisso, porque não iria me enquadrar, porque não iria ficar envergonhado de comentarem sobre o casal bonito e gordo (nós)?
Sei que ele sente tesão por mim e que me ama, mas, PQP, isso de ouvir que ele está com vergonha de nós quando estamos com pessoas que conhecemos, não é fácil de ouvir.
Não posso me fazer apenas de magoada e fazer de conta que nada está acontecendo e que o defeito é só dele. Não é. Se fosse, eu não teria vergonha de me encontrar com a família dele, se fosse eu não teria temor de me encontrar por acaso com ex- namorados meus ou com ex- namoradas dele.
Engraçado, apesar de ser terrível ver o meu fracasso sendo admitido por outra pessoa que também está perdendo a batalha e se perdendo, após o momento de surpresa e tristeza com a verdade, isso me empurrou para a frente, isso me trouxe a vontade de ficar bonita de novo. Não para ele, muito menos para ele, menos ainda para a família dele ou para conhecidos dela.
Voltei a ter garra e gana de ser bonita para mim mesma. Antes de tudo e de todos, apenas e tão somente para mim mesma.
E a opinião dos outros?
Quando eu sentir que finalmente me reencontrei de corpo e alma, que os outros e suas opiniões sobre mim, que se danem.


terça-feira, 17 de maio de 2011

Recaída

Estou me sentindo um lixo humano.
Gorda, mal vestida, horrorosa.
Posso manter a pose e fazer de conta que está tudo bem, assim as pessoas ao meu redor não percebem, mas é exatamente como descrevi que estou me vendo hoje.
É, o bom é que sou volátil, tudo pode mudar, ou não, daqui para o fim do dia.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Meu final de semana


Meu final de semana foi tão bom! Só queria que tivessem sido mais dias!
Com amigos, muito bem recebida, numa cama confortável, boa comida e sem exageros, conversar mais, rir mais, ficar lá, naquele lugar silencioso (exceto pelo barulho dos inúmeros cães em determinados horários), em que você escuta os grilos à noite e não há barulho de um carro sequer.
Ficar lá protegida e acolhida (é exagero, claro, da minha cabeça que agora está enfrentando a segunda-feira), acordando às 9h, tomando café e jogando conversa fora até a hora do almoço; depois do almoço dormir à tarde e de noite fazer churrasco e conversar besteira até uma da manhã. Êta alívio maravilhoso para os problemas cotidianos!
Fui para a casa de um casal amigo meu, fomos eu, minha amiga e a filha dela para a casa do marido dela, que mora e trabalha em outra cidade.
De noite fizemos churrasco e tomamos uma bebidas, nada exagerado, e vieram dois casais amigos deles. Fiz um pacto comigo mesma de não ser tímida e de conversar e me divertir, então, falei um bocado, ri e fiz rir. Massa demais!
1- O mundo é mesmo muito pequeno! Vou explicar rápido:
Esse meu amigo, que fui para a casa dele, eu o conheci por acaso num acontecimento totalmente inesperado. Quando nos tornamos amigos, eu o apresentei a uma amiga minha que queria um cão. E hoje os dois estão muito bem casados... (eles ainda precisam morar em cidades diferentes, cerca de 1h40 distantes uma da outra, mas eles ficam mais juntos que muitos casais que mora sob o mesmo teto)
2- Há pouco tempo, conversando sobre o veterinário que cuida dos cães dele, descobri que esse veterinário é casado com uma colega minha de faculdade, que na época era uma ótima amiga.
3- No sábado à noite, um dos casais que veio, que eu tinha conhecido no casamento deles e não tinha tido a oportunidade de conversar muito, veio para o churrasco e conversamos bastante. Né que o meu primeiro namorado, o único e sério da minha adolescência, namoramos durante uns cinco anos, é um dos melhores amigos desse casal? De fato, me lembro que esse meu ex namorado sempre falava o nome desse seu amigo, só que quem poderia imaginar que um dia eu o conheceria na casa desse casal amigo meu?
De fato, caí no ditado batido: o mundo é um ovo!
Bom, é isso, ontem de noite quando cheguei em casa me deu uma vontade enorme de ainda estar lá. De ficar por lá, naquele bem-bom, pelos menos mais uns dias.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Mudanças



Bloquear e anestesiar o sofrimento (que eu mesma me causo)?
Sim, de novo. Saí ontem de novo. Foi ótimo.
Saí com minha filha. No começo ela estava meio jururu por um namorico acabado, e minha intenção também era ficar mais junto dela e demonstrar apoio e conversar.
Fomos a um restaurante japonês à beira-mar e com um espaço aberto e com árvores, tudo bem zen.
Conversamos e sorrimos muito, foi delicioso.
Voltei, voltamos para casa de cabeça leve e barriga pesada, mas valeu cada minuto.
Fiquei um tempão de madrugada, quando tive insônia, pensando na minha vida (já venho fazendo isso há um tempo), no que eu posso fazer para melhorar e no que eu quero para mim. E também no que não estou conseguindo fazer. Tá, e daí?
Daí que estou disposta a começar a mudar em relação à alimentação, estou escrevendo agorinha e já tentando hoje. Pode dar errado, como sempre vem dando, mas farei ou tentarei ao máximo fazer com que dê certo, como já deu outras vezes.
Em relação ao distanciamento com meu noivo, também está servindo para repensar muitos pontos em que eu vinha errando e não quero mais que aconteçam.
O principal deles é o seguinte:
Em informática, que pouco entendo, quando dois equipamentos trabalham juntos, sendo um mais veloz e outro mais devagar, inevitavelmente ambos trabalharão na velocidade do mais lento. Sim, e daí de novo?
Apesar de ter certeza de que nos amamos, minha vontade de estar junto, de conversar, de aproveitar o final de semana, é bem maior que a dele, que muitas vezes prefere o isolamento. Com isso, eu vinha me desgastando, sendo sempre o lado mais frágil e mais dependente.
Não quero mais isso.
Vou me adaptar à velocidade dele. Vou deixar de sofrer pelo que não depende exclusivamente de minha vontade.
Principalmente não vou mais sofrer por isso.
Tenho a minha vida, tenho meus amigos, tenho minha família, andava esquecida deles, é verdade. É tempo de acordar para mim mesma.
Isso não significará amar menos, mais sim ser independente, deixar de ser frágil, papel que antes, em outros relacionamentos, jamais coube a mim.
Não quero mais para mim ser sempre a que mais telefona, a que quer estar mais junto, a que é mais dependente, a que torra o saco ao telefonar mais de uma vez ao dia. Não quero esse papel para mim, essa experiência de viver isso não está sendo boa.
Muito menos quero permanecer de novo (sim, voltei a ser assim) gorda. Um mulher bonita escondida atrás de uma montanha de gordura. Voltei a ser invisível para os homens, sim, a gordura afasta qualquer olhar que faça bem ao seu ego. Foi delicioso na época que emagreci ver os olhares masculinos se voltando para mim com interesse ou com desejo. Isso faz um bem danado ao ego.
Esse fase de inventário pessoal e de avaliação da minha atual situação em relação a um monte de coisas dói, dói pra cacete, isso de enxergar os erros é uma sensação merda demais. Mas passa. PASSA.
A próxima fase é demorada, exigirá perseverança e persistência, mas não dói, pelo menos não muito. É a fase de colocar em prática a mudança desejada, ou mesmo que não seja desejada, a mudança necessária.

quarta-feira, 11 de maio de 2011


Ontem saí, foi bom ter saído da toca depois de um final de semana estressante e trabalhando.
Hoje marquei mais outra coisa para me distrair, uma que não envolve bebida, mas que alivia e faz relaxar: massagem nos pés.
Na sexta-feira no horário de almoço fui chamada para ir à despedida de uma colega que passou em outro concurso e vai sair daqui. Eu vou. E ainda chamei mais duas amigas para irem.
No sábado vou viajar, com ele ou sem ele, acho que sem ele, vou com uma amiga, e mesmo que ela não vá, eu irei sozinha com o casal que nos convidou. Vou e ponto, sem depender de quem quer que seja.
Sobre mim, estou me sentindo péssima em meu corpo, mas não vou me dobrar a isso. Não vou me enfurnar dentro de casa chateada comigo mesma.
Sobre ele, sobre o meu noivo, estamos distantes. Ele está recluso. Nada posso fazer.
Não serei mais a Mulher que liga e liga e tenta fazê-lo se abrir, e que sempre está disposta a ajudar e a estar perto. Cansei. Se ele precisa de isolamento, que aproveite as quatro paredes.
Entendo que ele está estressado com os problemas dele mesmo e também, e principalmente, com os da mãe dele. Mas daí a se isolar e passarmos a não nos ver, a conversar por escassas ligações ou por e-mail, é ridículo.
Hoje recebi um e-mail dele em que ele diz que me ama. Eu o amo também, mas não consegui escrever isso em outro e-mail.
Cada um reage como quer e como pode aos problemas da vida. E se ele quer distância mal esclarecida e velada, ou mal dita (maldita). Paciência. Assim seja.
Houve tempos difíceis em minha família, e isso causou diferenças que levaram anos para se resolver, entre uma tia e minha mãe. Naquela época, a única forma que minha mãe conseguia se comunicar com essa minha tia que estava hospedada lá em casa era trazer todos os dias o bolo que ela mais gostava. Ou seja, não havia diálogo, mas ela demonstrava que estava lá, embora distante.
Com ele está acontecendo o mesmo. Ele se isolou, mas me escreve dizendo sobre sua mãe, e também que baixou outras temporadas de Lost para mim. Só que não somos primos. Somos noivos. E esse tipo de diálogo causa estranhamento, pelo menos em mim. Nesses casos, minha paciência não costuma durar muito. Por isso estou quieta, pelo menos enquanto der. Me conheço, em breve explodirei. Pior ainda se não explodir e deixar tudo azedar.
Agora, é tocar a minha vida para a frente. Buscar as minhas saídas. Me virar para o meu próprio umbigo e deixar o resto passar ao lado.

terça-feira, 10 de maio de 2011


Pensando sem tanta auto-piedade:
Sábado almocei com minha melhor amiga, um almoço corrido, pois ela faz pós aos sábados. Mas foi um almoço cordial e fraterno.
Hoje posso ir para a hidroginástica, mas acabo de receber um telefonema de outra amiga me chamando para irmos ao barzinho tomar umas caipiroscas e comer caranguejo.
No sábado que vem vou viajar, com ou sem ele, para a casa do marido dessa amiga, que mora em outra cidade. Acho que vai ser legal.
Estou ainda muito voltada para meus problemas, nóias e autopiedade. Mas estou acordando um tico hoje.
Não vou perder peso da noite para o dia e muito menos colocar meus sentimentos em ordem neste instante.
Então, que tal essa minha proposta de deixar toda essa meleca de lado e me dar um tempo para aproveitar os paliativos que aparecem?
Pra mim, está ótimo.
Hoje é dia de sair, conversar potoca, tomar umas e voltar para casa mais aliviada.
E que o resto aguarde quando Deus der bom tempo para eu ir ajeitando. O mundo ainda está cinza, mas um tico de cor vai cair bem.

segunda-feira, 9 de maio de 2011


Estou numa das piores fases, pelos menos dos últimos 3 anos.
Estou uma baleia. Minha auto-estima está uma merda. Detesto o que olho no espelho.
Me sinto velha e cansada.
Vivo para trabalhar e voltar para casa e trabalhar.
Minha vida social, já esqueci do que se trata. Encontrei poucas vezes algumas amigas. Só.
Diversão, zero.
Amor? Sim. Está aqui, mas não andamos numa boa fase.
Ele com os problemas dele. Eu com os meus. Nós com os nossos.
Estou cansada.
Não consigo começar. E se começo, desisto em seguida.
Tento organizar pensamentos.
Enxergo que estou perdida na desesperança e no desespero com a deformidade do meu corpo. Com a destruição da minha auto-estima.
No meu trabalho, chego, trabalho, trabalho e trabalho, e depois vou para casa, e talvez para a hidroginástica.
Na minha casa fico trancada no quarto, umas vezes sem fazer nada, a disciplina atual da pós é light e todos os estudos são em sala, noutras tantas assistindo Lost, sim, aquele seriado antigo e que descobri agora. Algumas vezes converso com minha filha e com meus pais, nenhum imagina que eu esteja tão no canto do muro.
No amor, andamos distantes, uns momentos bons, outros nem tanto.
Ele está misturado com os problemas da mãe dele, que está com um nódulo no fígado, e problemas de convivência com a irmã, que voltou para casa com e trouxe a filha. A convivência familiar dele é muitíssimo mais difícil que a minha. E ele, também triste com o próprio corpo, não consegue separar as coisas, se isola, e eu estou cansada de ficar insistindo para que ele se abra e abra espaço, então, aprendi a me isolar, a não fazer questão. E ele ainda não entendeu o que está se passando.
Algum problema em comemorar datas especiais? Não sei, se eu tinha, não me lembro, mas agora acordei que todas as datas especiais tem sido uma merda. Só culpa minha? Acho que não.
É isso, ainda estou no papel de vítima, ainda não tomei de novo a rédea em minhas mãos. Ainda estou desanimada e sem esperança.
Eu, mulher, sem letra maiúscula, estou "na merda". Pelo menos por enquanto.